Exército reforça soberania nas tríplices fronteiras

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Na vastidão da Amazônia Ocidental, onde se entrelaçam rios, culturas e fronteiras, o Comando Militar da Amazônia (CMA) mantém presença estratégica nas quatro tríplices fronteiras do Brasil. Com mais de 19 mil militares em ação, o Exército Brasileiro atua na defesa da soberania nacional, combate aos crimes transfronteiriços e apoio às comunidades locais em um dos territórios mais desafiadores do planeta.
Estrutura operacional do CMA nas tríplices fronteiras
A atuação do CMA em regiões de tríplice fronteira demanda uma estrutura altamente adaptável ao terreno e aos desafios logísticos da selva. Com base em 64 Organizações Militares, sendo 23 Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) e um Destacamento Especial de Fronteira, o Exército Brasileiro ocupa posições estratégicas em pontos limítrofes com até dois países vizinhos. Cada unidade é equipada com recursos de comunicação, armamento leve, meios de transporte fluvial, terrestre e, quando necessário, apoio aéreo.
Essas unidades funcionam como postos avançados do Estado Brasileiro, exercendo vigilância constante sobre os 9 mil quilômetros de fronteira que cortam o Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia. Para garantir mobilidade e suporte logístico, o CMA opera em estreita cooperação com aeronaves da Aviação do Exército, balsas, lanchas e recursos de navegação fluvial. A presença constante dos pelotões reforça a capacidade de dissuasão contra crimes como tráfico de drogas, armas e garimpo ilegal, além de permitir respostas rápidas em emergências humanitárias ou ambientais.
Relações sociais e culturais nas regiões de fronteira
As tríplices fronteiras da Amazônia são também espaços de grande dinamismo humano e cultural. Nessas áreas vivem comunidades indígenas, ribeirinhas e urbanas que mantêm laços históricos com populações dos países vizinhos, muitas vezes compartilhando línguas, tradições e rotinas de comércio informal. O Exército, ao atuar nesses locais, não apenas impõe a lei, mas também se integra ao tecido social local.
A presença militar é percebida como estabilidade e proteção, especialmente em cidades como Assis Brasil (Brasil), Iñapari (Peru) e Bolpebra (Bolívia), que compõem uma tríplice fronteira de intensa interação. Em regiões como o Alto Solimões, onde Brasil, Peru e Colômbia se encontram, os militares apoiam ações de saúde, educação e transporte, funcionando como ponte entre os serviços públicos e comunidades historicamente marginalizadas. A construção dessa confiança mútua é essencial para o sucesso das missões e para o fortalecimento do espírito cívico nas regiões de fronteira.
A presença militar como afirmação da soberania
A atuação do Exército na Amazônia Ocidental vai muito além da vigilância. É uma expressão concreta da soberania nacional em áreas onde o Estado encontra dificuldades de manutenção de presença contínua. Ao proteger áreas de fronteira, o CMA combate a expansão do crime organizado e responde a ameaças que comprometem a segurança nacional e a biodiversidade da região.
No primeiro trimestre de 2025, as ações coordenadas do CMA resultaram em R$143,2 milhões em apreensões, multas e prejuízos aos criminosos, evidenciando a eficácia do controle sobre os ilícitos transfronteiriços. Além disso, as operações espelhadas com Forças Armadas dos países vizinhos vêm se fortalecendo, criando redes de cooperação regional no enfrentamento de ameaças comuns, como o narcotráfico e o tráfico de pessoas.
A presença do Exército nas quatro tríplices fronteiras reafirma o papel do Brasil como protagonista na defesa do seu território e da Amazônia, garantindo que a floresta continue sendo um ativo estratégico para o país e para o mundo. O Comando Militar da Amazônia, nesse contexto, consolida-se como a linha de frente da proteção, integração e desenvolvimento da região.
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