Exército realiza seminário sobre papel do Brasil em missões de paz da ONU

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No auditório do Departamento de Engenharia e Construção, em Brasília, o Exército Brasileiro promoveu um seminário especial em alusão ao Dia Internacional dos Peacekeepers da ONU. O evento, realizado em 4 de junho, reuniu civis, militares e diplomatas para refletir sobre o papel do Brasil nas operações de paz da ONU e os novos desafios estratégicos da ordem mundial.

A experiência do Exército Brasileiro em missões da ONU

Seminário sobre Peacekeepers com oficiais militares presentes.

O Brasil tem uma longa e consolidada trajetória em operações de paz das Nações Unidas, com destaque especial para a atuação do Exército Brasileiro em missões como a MINUSTAH, no Haiti, onde liderou as tropas multinacionais por mais de uma década. A experiência brasileira, marcada por uma postura de proximidade com a população e respeito aos direitos humanos, tornou-se referência internacional em missões de estabilização e apoio humanitário.

Outros exemplos significativos incluem as contribuições para a UNIFIL, no Líbano, e a presença em operações na República Democrática do Congo, além de participações pontuais em diversas outras missões da ONU. Essa atuação reafirma a capacidade operacional, doutrinária e diplomática do Exército Brasileiro, que, ao lado das demais Forças Singulares, tem contribuído para a consolidação da paz em cenários de alta complexidade.

Desafios das operações de paz no cenário internacional contemporâneo

O seminário realizado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) trouxe à tona os novos desafios das operações de paz em um mundo multipolar, onde conflitos híbridos, ameaças transnacionais e crises humanitárias se entrelaçam. A atuação dos peacekeepers hoje vai além do patrulhamento: exige conhecimento cultural, capacidade de negociação, atuação interagências e habilidades técnicas e psicológicas para lidar com populações vulneráveis.

Nesse novo contexto, o Brasil tem buscado adaptar sua doutrina e preparar seus contingentes com base em cenários realistas e dinâmicos, reafirmando o compromisso com o multilateralismo e a segurança coletiva. A participação brasileira nas discussões da ONU sobre reforma das operações de paz também demonstra sua relevância política como país em desenvolvimento comprometido com a paz global.

O seminário como ferramenta de articulação civil-militar e diplomática

A realização do seminário no QGEx fortalece a tradição do Exército em promover o diálogo entre civis e militares, reunindo representantes do Ministério da Defesa, Ministério das Relações Exteriores, organismos internacionais, especialistas em segurança e acadêmicos. A proposta do evento foi fomentar a troca de experiências e o aprimoramento das políticas de Defesa e cooperação internacional, alinhando perspectivas diplomáticas, operacionais e acadêmicas.

A transmissão online também permitiu alcançar um público mais amplo, ampliando o impacto do evento e incentivando a formação de uma cultura estratégica no Brasil. Iniciativas como essa contribuem para consolidar o país como um ator confiável e preparado para os desafios das operações de paz no século XXI.

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