Exército Brasileiro reforça laços de paz com países da CPLP na África

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Enquanto guerras e tensões se alastram em diferentes regiões do mundo, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aposta no caminho da cooperação. O Brasil, por meio do Exército e do CCOPAB, esteve presente na Guiné Equatorial para planejar o Exercício Felino 2025 — um treinamento conjunto que simula a resposta militar coordenada em cenários de instabilidade. Mais que um exercício, trata-se de um gesto político: unir países pelo idioma, pela história e pela paz.
Exercício Felino: estrutura, objetivos e importância para a CPLP
O Exercício Felino é a principal atividade militar conjunta da CPLP, com foco em operações de paz sob o mandato de organizações internacionais. Realizado anualmente em formato rotativo entre os países-membros, o exercício visa capacitar militares e civis para atuarem em ambientes de conflito com ênfase em proteção humanitária, estabilização e reconstrução.
Em 2025, a Guiné Equatorial foi o país-sede das conferências de planejamento do exercício, reunindo representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A simulação prevê a constituição de uma Força-Tarefa Conjunta e Combinada (FTCC), capaz de atuar sob comando unificado, respeitando as diretrizes da ONU. O cenário fictício envolve crises civis, ajuda humanitária e coordenação multinacional.
O papel do Brasil e do CCOPAB nas operações de paz multinacionais
O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), vinculado ao Exército Brasileiro, tem se consolidado como referência regional na formação de militares e civis para missões da ONU e operações de caráter humanitário. A participação do Major Lucas nas conferências CPP e CFP do Exercício Felino reforça a posição do Brasil como líder técnico e doutrinário em operações de paz no espaço lusófono.
O CCOPAB leva ao exercício a expertise acumulada em missões como Haiti (MINUSTAH), Líbano (UNIFIL) e ações de instrução em diversos países africanos. Ao contribuir com planejamento, logística e intercâmbio doutrinário, o Brasil fortalece sua imagem como potência diplomática e promotora da paz no sul global, reafirmando seu compromisso com os princípios da ONU e da cooperação internacional.
Cooperação lusófona: língua, defesa e diplomacia no contexto africano
A realização do Exercício Felino na Guiné Equatorial — país que ingressou na CPLP em 2014 — simboliza a expansão do espaço lusófono na África e o interesse geoestratégico de promover laços de solidariedade entre os membros da comunidade. A língua portuguesa funciona como vetor de integração, facilitando a criação de doutrinas comuns, interoperabilidade militar e alianças diplomáticas duradouras.
Além do aspecto técnico, a presença das Forças Armadas do Brasil em eventos como este fortalece a diplomacia da Defesa, promovendo uma atuação de baixo custo político e alto retorno estratégico. Em um cenário internacional marcado por disputas entre grandes potências, a CPLP se firma como espaço de construção de consensos, onde a cooperação militar é instrumento de paz, estabilidade e desenvolvimento compartilhado.
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