DF lança 1º Anuário de Segurança Pública com dados inéditos dos últimos 10 anos

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Em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira (18), no auditório Coronel José Nilton Matos, no Complexo da Academia de Bombeiros Militares, o Governo do Distrito Federal lançou oficialmente o 1º Anuário de Segurança Pública do Distrito Federal. A publicação reúne dados consolidados dos últimos dez anos (2015 a 2024), oferecendo um retrato inédito e aprofundado da segurança pública no DF.
O documento, elaborado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), apresenta indicadores como os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) — homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte — além de registros sobre mortes por intervenção legal e desaparecimento de pessoas. Em 2024, a taxa de localização de desaparecidos atingiu a marca de 98%.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, o anuário é uma ferramenta fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes.
“Pela primeira vez, o DF consolida, de forma técnica e acessível, uma década de dados que traduzem a evolução da segurança pública com base em evidências. É um instrumento de transparência e planejamento”, afirmou.
O anuário revela que o Distrito Federal registrou, em 2024, a menor taxa de homicídios desde 1977: 6,8 mortes por 100 mil habitantes — uma queda significativa que consolida uma tendência de redução dos CVLIs na capital do país. A queda é atribuída a ações integradas entre as forças de segurança e ao programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, que reforçou o policiamento preventivo e a inteligência policial.
Outro dado destacado pela SSP-DF é o perfil das vítimas de homicídio: cerca de 95% eram homens, a maioria entre 30 e 39 anos, sendo que 45% dos crimes foram cometidos com arma branca e 41% com arma de fogo. As motivações mais frequentes são conflitos interpessoais (48%) e disputas envolvendo o crime organizado (31%).
O relatório também chama atenção para um aumento nas lesões corporais seguidas de morte, que cresceram entre 12% e 23% em comparação com anos anteriores. A maioria dos casos está associada ao uso de objetos cortantes.
De acordo com o subsecretário de Gestão da Informação da SSP-DF, George Couto, o anuário foi construído com metodologia robusta, reunindo dados do Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Detran e IML.
“Inauguramos a análise qualitativa dos homicídios — como local, motivação e meio utilizado. Nosso objetivo é ampliar cada vez mais esse debate e aprimorar as estratégias de prevenção”, destacou.
A expectativa da SSP-DF é que o documento seja publicado anualmente, com novas camadas de análise e aprofundamento estatístico. Para especialistas, a iniciativa consolida o Distrito Federal como referência nacional na gestão de dados de segurança pública.
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