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Baixo São Francisco: proposta de federalização busca crescimento e segurança

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Com o crescimento exponencial do turismo e do transporte aquaviário, a região do Baixo São Francisco emerge como um polo de desenvolvimento da economia do mar em Alagoas. Entretanto, a falta de recursos para balizamento e sinalização coloca em risco a segurança de milhares de navegantes e turistas que frequentam a região, deixando uma clara necessidade de atenção urgente das autoridades.

O potencial do Baixo São Francisco e seus desafios

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A região do Baixo São Francisco, que se estende do município de Delmiro Gouveia até a foz do rio em Piaçabuçu, abrange cerca de 20 municípios e é reconhecida por suas belezas naturais, riqueza cultural e importância econômica. Hoje, a área é o terceiro maior destino turístico de Alagoas, atrás apenas de Maceió e Maragogi, atraindo também visitantes de estados vizinhos como Sergipe, Pernambuco e Bahia.

Além do turismo, o Baixo São Francisco desempenha um papel fundamental na economia local por meio do transporte de mercadorias e embarcações de passageiros. No entanto, o crescimento dessas atividades exige investimentos em infraestrutura náutica, algo que ainda é insuficiente para atender às demandas da região.

A ausência de balizamento e seus riscos

Uma das principais preocupações da Marinha é a falta de balizamento e sinalização em áreas críticas, como paredões e grutas, especialmente na região de Piranhas. Após o trágico acidente em Capitólio, Minas Gerais, foi realizado um estudo geotécnico que recomendou a delimitação de distâncias mínimas entre embarcações e paredões. Contudo, a ausência de sinalização adequada deixa a região vulnerável a acidentes.

Outro fator alarmante é o aumento expressivo do número de motos aquáticas, muitas das quais são operadas por turistas e amadores com pouca experiência. Sem uma orientação clara ou infraestrutura de segurança, a navegação desordenada representa riscos significativos tanto para os navegadores quanto para o meio ambiente.

A proposta de federalização da hidrovia

Diante desse cenário, especialistas e autoridades locais defendem a inclusão do Baixo São Francisco como uma hidrovia federal. Essa medida permitiria o acesso a recursos financeiros e a implementação de projetos essenciais, como o balizamento e a instalação de placas de sinalização. A proposta prevê uma parceria entre a Marinha do Brasil e o DNIT, o que garantiria não apenas a segurança da navegação, mas também o desenvolvimento sustentável da região.

Com a chegada do verão e o aumento do fluxo turístico, a necessidade de ações preventivas torna-se ainda mais urgente. O ordenamento náutico do Baixo São Francisco é fundamental para preservar vidas, proteger o patrimônio ambiental e fortalecer o papel estratégico dessa hidrovia como motor econômico e turístico para Alagoas e os estados vizinhos.

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