Aeronave e pista clandestina são destruídas em ação militar na Amazônia

Avião abandonado na floresta, foto lateral.
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Em meio à densidade da floresta amazônica, uma operação de precisão mobilizou Forças Armadas, inteligência e tecnologia para desarticular mais um núcleo logístico do garimpo ilegal na terra indígena Yanomami. No dia 18 de junho, um avião escondido foi localizado e destruído, junto a uma pista clandestina, após infiltração aeromóvel coordenada entre o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, no âmbito da Operação Catrimani II.

Operação aeromóvel e uso de tecnologia de ponta no combate ao garimpo ilegal

A destruição da aeronave foi resultado de uma complexa manobra de infiltração em área de selva, realizada por efetivos de infantaria e engenharia do Exército, com apoio aéreo de um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB. A operação contou ainda com o emprego de drones RQ 900 e sensoriamento remoto por imagens satelitais, que permitiram identificar movimentações recentes, trilhas, e a pista de pouso clandestina ainda em uso.

O emprego de tecnologia e a interoperabilidade entre as Forças foi decisiva. O avião monomotor, escondido à margem da pista do garimpo de Noronha, foi detectado por análise de inteligência, que confirmou a viabilidade de uso da aeronave para fins logísticos. A ação foi conduzida com rapidez, precisão e segurança, resultando na inutilização total do equipamento e no comprometimento da estrutura de apoio ao garimpo.

Proteção da terra Yanomami: impactos da operação para as comunidades indígenas

Estrada de terra cercada por árvores e vegetação.

A presença de garimpeiros na terra indígena Yanomami representa não apenas um crime ambiental, mas uma ameaça direta à integridade física e cultural das comunidades locais. A destruição da aeronave e da pista clandestina não é apenas uma ação militar: é um ato de proteção às populações tradicionais e ao bioma amazônico.

A operação demonstrou que ainda havia forte movimentação de garimpeiros na área, com vestígios recentes e materiais apreendidos, como combustíveis, botijões de gás e celulares. Ao interromper essa estrutura logística, as Forças Armadas contribuem para reduzir a capacidade de permanência e deslocamento desses grupos criminosos, abrindo espaço para a recuperação do território indígena e o reforço da presença do Estado.

Operação Catrimani II: estratégia integrada contra ilícitos na Amazônia

A Operação Catrimani II é uma iniciativa de caráter interagências, articulada pelo Comando Conjunto das Forças Armadas em coordenação com a Casa de Governo de Roraima, órgãos de segurança pública e agências ambientais. Ela cumpre os objetivos da Portaria GM-MD N° 5.831/2024, que autoriza ações repressivas e preventivas contra o garimpo ilegal, crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços na região.

O sucesso da missão evidencia o potencial de operações conjuntas e o papel das Forças Armadas como suporte logístico e operacional no enfrentamento a crimes ambientais de grande escala. Com planejamento técnico, inteligência integrada e ação tática coordenada, a Catrimani II reforça o compromisso do Brasil com a defesa da soberania nacional, a proteção da Amazônia e o respeito às comunidades indígenas.

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