11 de Junho: Um Marco da Soberania Nacional e do Poder Naval Brasileiro

O dia 11 de junho ocupa um lugar de destaque no calendário cívico-militar brasileiro. Nesta data, em 1865, a Marinha do Brasil protagonizou a histórica Batalha Naval do Riachuelo, um dos confrontos mais decisivos da Guerra da Tríplice Aliança (1864–1870), travada contra o Paraguai. Mais do que uma vitória em combate, o feito marcou a consolidação da Marinha como instrumento essencial à preservação da soberania nacional, e firmou o papel do Brasil como potência regional no século XIX.

Naquela manhã, nas águas do rio Paraná, a esquadra brasileira, comandada pelo então Almirante Francisco Manuel Barroso, enfrentou uma emboscada preparada pelas forças paraguaias. Apesar do início desfavorável, a reação foi enérgica, precisa e determinada. Ao ordenar: “Sustentar o fogo que a vitória é nossa!”, Barroso não apenas guiou seus marinheiros à vitória, mas também deixou uma lição que ecoa até hoje nos corredores dos navios, nas salas de aula da Escola Naval e nos corações de todos os brasileiros que compreendem a importância do poder marítimo.

A vitória em Riachuelo desarticulou a ofensiva paraguaia e foi fundamental para o desfecho da guerra. Mas sua importância transcende o campo militar. Foi a partir desse episódio que o Brasil passou a olhar com mais atenção para sua dimensão marítima, reconhecendo a Marinha como pilar estratégico para o desenvolvimento, a segurança e a presença internacional do país.

Hoje, mais de 150 anos depois, o 11 de junho continua sendo uma data de reflexão e de orgulho. A Marinha do Brasil é responsável por proteger um patrimônio imensurável: a Amazônia Azul, que compreende mais de 5,7 milhões de km² de águas jurisdicionais ricas em biodiversidade, recursos minerais, energéticos e rotas comerciais vitais para a economia nacional.

Celebrar o Dia da Batalha Naval do Riachuelo é também reafirmar o compromisso do país com a defesa de seus mares, com a valorização da carreira naval e com o investimento contínuo em tecnologia, formação e presença marítima. É reconhecer que um Brasil forte em terra começa com um Brasil respeitado no mar.

Mais do que uma efeméride histórica, o 11 de junho é um chamado à consciência nacional sobre a importância do poder naval, da defesa marítima e do papel estratégico da Marinha para o presente e o futuro do país.