Pesquisadores da Embrapa criaram um banco de material genético para peixes nativos da Amazônia. O projeto pode assegurar a preservação de espécies.

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Este é o primeiro banco genético do país voltado especialmente para aquicultura. Em tubos, ficam o DNA de três espécies nativas da Amazônia. As informações do tambaqui, caranha e pirarucu são conservadas em ultrafreezers a 80 graus negativos.

“Tem as análises de identificação dos peixes, se são irmãos, origem e tudo mais. Com base nisso, a gente consegue escolher. A gente pode ir lá selecionar esse e trazer para fazer uma reprodução”, disse Luciana Nakaghi, pesquisadora da Embrapa.

Parte das análises congeladas fica no Tocantins e a outra no Banco Nacional de Material Genético da Embrapa em Brasília.

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Pesquisadores da Embrapa trabalham no primeiro banco genético voltado para aquicultura — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

O espaço é uma segurança em casos de problemas futuros e possibilita a troca de material com instituições de pesquisa, além de ajudar os produtores a melhorar a qualidade dos viveiros.

O mapeamento do DNA dos peixes pode ser também uma segurança a mais para os produtores da identidade desses animais. É como um atestado de origem com base na análise genética para que produtor e consumidor tenham certeza de que se trata de um peixe puro.

“O DNA funciona como um código de barras. Acessando esse código de barras, a gente consegue dizer que espécie a gente está trabalhando, que linhagem, qual o grupo genético. É como se fosse um mapeamento, que vai nos direcionar para um estudo ou um objetivo específico, voltado pra produtividade, voltado pra melhorias na qualidade da carne”, argumentou o pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura, Eduardo Varela.

Todo o material coletado vem de tanques escavados onde vivem os peixes. Os animais recebem um chip e são monitorados para diferentes estudos.

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Banco genético guarda DNA de peixes nativos da Amazônia — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Atualmente, a produção de peixes no Brasil é feita pela coleta de alevinos, ou seja, peixes que recém saíram dos ovos. E agora será possível comercializar também o material genético.

“A piscicultura vai trilhar os bons exemplos das cadeias animais que mais se desenvolveram no Brasil, e que o Brasil é referência mundial. Então o caminho para o desenvolvimento da piscicultura é com profissionalismo, é com tecnologia e seguindo os bons exemplos das cadeias animais mais tradicionais”, concluiu o chefe da Embrapa Pesca e Aquicultura, Eric Artur Routledge.

Fonte: G1 Tocantins.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).