Embarcação Barão de Melgaço apoia Bombeiros de MS na Operação Pantanal II

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No dia 7 de setembro, em meio aos esforços para combater os incêndios na região do Pantanal, a embarcação Aviso de Apoio Fluvial (AvApFlu) Barão de Melgaço, da Força Naval Componente, prestou apoio crucial ao Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS). A embarcação transportou 2,5 mil litros de combustível, 450 litros de água e suprimentos alimentícios, ampliando a capacidade operacional dos brigadistas na área próxima à Barra de São Lourenço, na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O Papel do Barão de Melgaço na Operação Pantanal II

O Aviso de Apoio Fluvial Barão de Melgaço desempenhou um papel fundamental na Operação Pantanal II, demonstrando a importância do apoio logístico das Forças Armadas no combate aos incêndios que assolam a região. No dia 7 de setembro, a embarcação realizou o transporte de 2,5 mil litros de combustível, incluindo gasolina e diesel, além de 450 litros de água. Também foram entregues cestas básicas e mantimentos alimentícios, essenciais para a subsistência e o trabalho contínuo dos brigadistas em campo.

O suporte fornecido pelo Barão de Melgaço foi vital para estender a capacidade operativa dos brigadistas do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. A região da Barra de São Lourenço, localizada na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tem sido uma das áreas mais afetadas pelos incêndios no Pantanal. A entrega desses suprimentos permitiu que as equipes mantivessem suas operações de combate ao fogo, garantindo que não faltassem recursos básicos necessários para a atuação diária dos profissionais envolvidos na operação.

Essa operação ilustra a importância da presença e do apoio naval em missões de combate a desastres naturais, especialmente em áreas de difícil acesso. A habilidade do Barão de Melgaço de navegar em rios e oferecer suporte logístico em locais remotos destaca a relevância da Marinha do Brasil na preservação do meio ambiente e na resposta a emergências nacionais.

Características e Equipamentos do Barão de Melgaço

O Aviso de Apoio Fluvial Barão de Melgaço é uma embarcação histórica e versátil, sendo a mais antiga em atividade na Marinha do Brasil. Com 23 metros de comprimento e 5,25 metros de boca, a embarcação possui um deslocamento de 80 toneladas e capacidade para transportar até 40 militares com uma autonomia de 20 dias. Seu tanque de aguada tem uma capacidade máxima de 3,8 mil litros, o que permite operações prolongadas em regiões de difícil acesso, como as áreas atingidas pelos incêndios no Pantanal.

Equipado com diversos recursos para operações de combate a incêndios, o Barão de Melgaço conta com duas embarcações miúdas, ambas equipadas com motores de 40 Cv, que podem ser usadas para transporte de pessoal e materiais em áreas rasas ou de difícil navegação. Além disso, possui uma bomba de água modelo P-70 e sete linhas de mangueira de incêndio, permitindo a realização de operações de combate a fogo em situações de emergência. Para a proteção da tripulação durante essas operações, a embarcação é dotada de roupas de aproximação antichamas e máscaras de respiração autônoma.

Sua versatilidade operacional permite que o Barão de Melgaço atue em missões de reconhecimento, patrulhamento e apoio logístico, bem como sirva de base de apoio avançada para brigadistas. Essa capacidade multifuncional foi fundamental para o sucesso da operação de apoio ao CBMMS, demonstrando a importância de manter embarcações como esta em atividade para responder a situações emergenciais.

A Colaboração das Forças Armadas na Operação Pantanal II

A Operação Pantanal II foi ativada em 27 de junho por meio da portaria 3.179, assinada pelo Ministro da Defesa, como uma resposta ao agravamento dos incêndios na região do Pantanal. Sob o comando operacional conjunto das Forças Armadas – Marinha, Exército e Força Aérea –, a operação visa unir esforços no combate aos focos de incêndio e na preservação do bioma pantaneiro. A participação da Marinha do Brasil, representada pela embarcação Barão de Melgaço, evidencia a importância da integração entre as diferentes forças para a eficácia das ações de combate ao fogo.

A colaboração entre as Forças Armadas e o Corpo de Bombeiros é um exemplo de como a união de esforços pode gerar resultados significativos na gestão de crises ambientais. A Marinha, com sua capacidade de navegação e suporte logístico, e o Exército e a Força Aérea, com seus recursos terrestres e aéreos, somam competências que ampliam a eficácia das operações de combate aos incêndios. O apoio conjunto fortalece a capacidade de resposta às emergências, demonstrando a importância da coordenação e do trabalho em equipe na proteção do Pantanal.

O impacto dessa colaboração é visível no fortalecimento das ações de combate ao fogo, garantindo que os brigadistas recebam o suporte necessário para continuar suas operações em uma das regiões mais sensíveis do Brasil. A atuação das Forças Armadas na Operação Pantanal II não apenas ajuda a conter os incêndios, mas também reforça o compromisso do país com a preservação de seus ecossistemas e com a proteção de suas riquezas naturais.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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