EGN discute aplicabilidade de Clausewitz em conflitos do século XXI

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A Escola de Guerra Naval (EGN) promoveu, no dia 8 de novembro, um simpósio que conectou o pensamento de Carl von Clausewitz aos desafios contemporâneos. Especialistas civis e militares debateram a aplicabilidade das ideias clausewitzianas em conflitos como a Guerra das Malvinas, a 1ª Guerra do Golfo e o ciberespaço.

Os Temas do Simpósio e Suas Perspectivas

O evento reuniu quatro palestras principais, abordando diferentes contextos históricos e operacionais. O Diretor da EGN, Vice-Almirante Gustavo Calero Garriga Pires, abriu o simpósio com uma análise dos aspectos políticos da Guerra das Malvinas à luz dos ensinamentos de Clausewitz.

A segunda apresentação, conduzida pela Profª. Ms. Karime Cheaito e pelo Capitão de Mar e Guerra (RM1) Dr. Alexandre Rocha Violante, explorou o conflito entre Hezbollah e Israel em 2006. A análise revelou como a teoria clausewitziana pode ser aplicada para entender guerras assimétricas.

Na sequência, a Profª. Ms. Amanda Marini refletiu sobre a 1ª Guerra do Golfo, conectando os princípios de Clausewitz às operações militares modernas. Encerrando as palestras, a Profª. Ms. Juliana Zaniboni trouxe uma perspectiva inovadora ao discutir se “A Guerra Pode Ser Cibernética?”, com estudos de caso no Irã e na Ucrânia entre 2010 e 2015.

Debates e Participação do Público

Após as palestras, o simpósio abriu espaço para um debate moderado pelo Capitão de Mar e Guerra (Refº) Dr. Francisco Eduardo Alves de Almeida. Os participantes, incluindo jovens civis, puderam compartilhar ideias e aprofundar as discussões sobre a aplicabilidade de Clausewitz na guerra moderna.

O evento reforçou a importância de integrar diversos públicos no estudo da Defesa, destacando o papel dos civis na pesquisa acadêmica e na formulação de novas perspectivas estratégicas. Essa participação foi valorizada pelo Diretor da EGN, que enfatizou a seriedade das apresentações e o impacto positivo dos debates.

A Relevância de Clausewitz para a Defesa Atual

O pensamento de Carl von Clausewitz, especialmente seus conceitos sobre a relação entre política e guerra, continua a oferecer ferramentas valiosas para compreender os conflitos do século XXI. O simpósio da EGN reafirmou que, apesar das transformações tecnológicas e sociais, os princípios clausewitzianos permanecem relevantes para a formulação de estratégias militares.

Eventos como este demonstram o compromisso da Marinha do Brasil com o fortalecimento do estudo da Defesa, incentivando o diálogo entre civis e militares. Ao conectar o legado de Clausewitz aos desafios contemporâneos, a EGN contribui para a formação de uma base teórica sólida que orienta tanto o pensamento estratégico quanto a prática operacional.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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