Economia do Mar: quatro setores em ascensão no cenário global

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A Economia do Mar, ou economia azul, tem se destacado globalmente como uma importante fonte de crescimento econômico sustentável. De energia renovável a biotecnologia marinha, diversos setores estão em plena expansão, impulsionados pelo potencial econômico e pela crescente demanda por soluções sustentáveis. Neste contexto, quatro setores se destacam como pilares de desenvolvimento e inovação no cenário global.

Energia renovável offshore

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Entre os setores em expansão na Economia do Mar, a energia renovável offshore tem ganhado destaque. Com o aumento da demanda por soluções sustentáveis para a geração de eletricidade, as plataformas de energia eólica e solar offshore têm se multiplicado. A produção de energia em alto-mar, particularmente a eólica, permite o aproveitamento de ventos mais fortes e constantes, o que gera mais eficiência em comparação às turbinas instaladas em terra.

Nos últimos anos, países como o Reino Unido, Dinamarca e Alemanha se tornaram líderes globais em energia eólica offshore. As novas tecnologias, como turbinas flutuantes, estão ampliando as possibilidades de instalação em águas mais profundas, o que aumenta o potencial de geração. Além da energia eólica, projetos de energia solar flutuante e a exploração de energia das marés também estão avançando, oferecendo alternativas viáveis para a transição energética global.

O crescimento da energia renovável offshore também responde aos desafios das mudanças climáticas, oferecendo uma fonte de energia limpa e de baixo impacto ambiental. Os investimentos em infraestrutura e tecnologia de geração renovável no mar continuam a crescer, com países e empresas apostando em inovações que prometem revolucionar o setor energético.

Biotecnologia marinha

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Outro setor promissor dentro da Economia do Mar é a biotecnologia marinha, que envolve a exploração dos recursos biológicos dos oceanos para o desenvolvimento de novos produtos em áreas como medicina, cosméticos e alimentos. Os mares abrigam uma vasta biodiversidade, com organismos que podem ser a chave para a criação de antibióticos, antivirais, vacinas e tratamentos para doenças complexas como o câncer.

A biotecnologia marinha é vista como um campo de inovação com potencial ilimitado, especialmente com o avanço das pesquisas em bioprospecção — a busca por substâncias naturais em organismos marinhos que podem ter aplicações industriais e farmacêuticas. Um exemplo recente foi o desenvolvimento de novos medicamentos a partir de esponjas marinhas, capazes de combater bactérias resistentes a antibióticos convencionais.

Além da medicina, a biotecnologia marinha também tem um papel crescente na produção de alimentos. A aquacultura, que já é uma prática consolidada, pode se beneficiar da pesquisa em espécies marinhas geneticamente adaptadas a mudanças climáticas ou doenças. Da mesma forma, os recursos marinhos estão sendo utilizados para desenvolver ingredientes funcionais em cosméticos, promovendo a inovação em produtos sustentáveis.

A exploração desses recursos, no entanto, deve ser acompanhada de rigorosos padrões de sustentabilidade. O uso excessivo ou não controlado pode colocar em risco os ecossistemas marinhos, o que torna vital o equilíbrio entre a exploração econômica e a preservação ambiental.

Transporte naval e logística marítima

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O transporte naval e a logística marítima continuam sendo setores essenciais para o comércio global, e estão em plena expansão com o crescimento do comércio internacional e a modernização da frota naval. Aproximadamente 90% das mercadorias do mundo são transportadas via rotas marítimas, o que faz do setor uma engrenagem fundamental da economia global.

Nos últimos anos, o setor de transporte naval tem passado por uma transformação tecnológica significativa. Inovações como navios autônomos, sistemas de gestão de carga automatizados e a digitalização de operações portuárias estão tornando o transporte marítimo mais eficiente e sustentável. Além disso, o uso de big data e inteligência artificial nas cadeias de suprimento marítimas está otimizando a logística, reduzindo tempos de espera e promovendo o uso eficiente de recursos.

A modernização dos portos e a ampliação de corredores logísticos também têm sido vitais para atender ao aumento da demanda por transporte marítimo. Portos em países como China, Cingapura e Países Baixos estão se tornando hubs globais, com investimentos em infraestrutura e tecnologia para suportar o crescimento do comércio marítimo.

Por outro lado, o setor enfrenta desafios relacionados à descarbonização. A pressão por práticas mais sustentáveis exige que as empresas de transporte marítimo adotem tecnologias de combustível limpo e reduzam as emissões de gases de efeito estufa. A adoção de navios movidos a gás natural liquefeito (GNL) e outras alternativas energéticas são tendências que prometem transformar o setor nas próximas décadas.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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