Ilustração, http://www.oecd.org/

Em 2018 uma tese de Doutorado da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, do Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento, trouxe revelações interessantes e até então desconhecidas por muitos. Qual o valor de nosso PIB do Mar?  De autoria de Andréa Bento Carvalho, orientada por Gustavo Inácio de Moraes, a tese Economia do mar: conceito valor e importância para o Brasil,demonstrou o quanto o mar é importante para a economia brasileira. Foi a primeira vez que nossa economia azul foi avaliada. O ano escolhido para o estudo foi o de 2015.

Economia Azul, ou economia dos oceanos no Brasil

O IBGE define PIB como “a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano.” De acordo com o órgão, “o PIB é um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a compreender um país.”

2015, recessão no País

Em valores correntes, o PIB do Brasil em 2015 totalizou R$ 5,9 trilhões. Foi um ano ruim (queda de 3,8% do Produto Interno Bruto). Em pleno desgoverno Dilma, a soma de bens e serviços foi o pior em 25 anos. Enfrentávamos a recessão que acabou por levá-la ao Impeachment. Mas isso nada tem a ver com o que hoje apresentamos. Os números servem  para avaliarmos a economia azul, ou a economia do oceano, no mesmo período.

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Economia Azul versus a do agronegócio

Em 2015, de acordo com a tese, a economia do mar  gerou  R$ 1,11 trilhão. O estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul estimou que os setores da economia dos oceanos representaram 19% do PIB, incluindo  segmentos como petróleo, transporte, pesca, cabos submarinos, lazer e turismo. Ainda como dados significativos, em 2015 ‘os setores marinhos empregaram no total mais de 19 milhões de pessoas, gerando quase R$ 500 bilhões em salários’. Para a autora, assim como os serviços são a atividade preponderante no PIB nacional, no PIB azul ‘destaca-se que a economia do mar brasileira é dominada pela categoria de serviços, onde podemos salientar o turismo’.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), setor sempre lembrado quando se fala sobre o PIB, ‘o agronegócio brasileiro ganhou participação na economia do país em 2015, com 23% de fatia no Produto Interno Bruto (PIB) nacional alcançando algo em torno de R$ 1,17 trilhão’. Para efeito de comparação, e de acordo com o G1, no mesmo período ‘o agronegócio brasileiro empregava 19 milhões de pessoas’, sendo que o setor que mais gerava empregos era o da agricultura familiar com 11,5 milhões de trabalhadores’.

Referências:

  • http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/11664/1/000488764-Texto%2bCompleto-0.pdf
  • https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2015/12/11/pib-do-agronegocio-devera-cair-06-diz-cna.ghtml
  • http://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do-brasil/noticia/2016/12/agronegocio-brasileiro-emprega-19-milhoes-de-pessoas.html
  • http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/12/pib-do-agronegocio-ganha-espaco-na-economia-brasileira-em-2015-diz-cna.html
  • https://radioagencianacional.ebc.com.br/economia/audio/2019-04/bolsonaro-diz-que-quer-tirar-o-estado-do-cangote-de-produtores-rurais.

Fonte: Mar sem Fim

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).