Economia Azul: Como o Mar pode alavancar o Brasil

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Imagine um Brasil que explora as riquezas do mar com equilíbrio, transformando recursos naturais em desenvolvimento econômico sustentável. O conceito de economia azul, amplamente debatido em fóruns globais, encontra na costa brasileira uma oportunidade singular. Neste contexto, surge a necessidade de mensurar e valorizar o PIB do Mar, estratégia crucial para colocar o Brasil em posição de destaque no cenário internacional.

A Relevância Estratégica do PIB do Mar no Brasil

O Brasil, com mais de 7 mil quilômetros de litoral e uma área marítima de 3,6 milhões de km², tem no mar um patrimônio estratégico de dimensões impressionantes. A chamada Amazônia Azul corresponde a mais de 50% do território nacional e reúne atividades que vão desde a exploração de petróleo e gás até o turismo e a pesca. Esse vasto território marítimo é responsável por mais de 90% do comércio exterior brasileiro, destacando-se como eixo vital para a economia nacional.

Dentro do conceito de economia azul, o PIB do Mar brasileiro surge como ferramenta indispensável para mensurar o impacto de setores como energia, biotecnologia e transporte. Além de oferecer dados essenciais para políticas públicas, essa mensuração garante um planejamento sustentável, fortalecendo a economia e a preservação dos recursos naturais.

Economia Azul e Sustentabilidade: Alavancando o Futuro do Brasil

A economia azul não se limita à exploração econômica dos oceanos. Ela é definida por sua abordagem sustentável, que busca equilibrar o crescimento econômico com a conservação ambiental. No Brasil, esse conceito engloba a utilização de energias renováveis, como a eólica offshore e o potencial ainda inexplorado da energia maremotriz, além do avanço na produção de hidrogênio verde em complexos portuários.

Investimentos em ciência, tecnologia e inovação são indispensáveis para alavancar essa economia e mitigar impactos ambientais. No entanto, o país ainda enfrenta desafios significativos, como a ausência de um planejamento espacial marinho consolidado e a necessidade de regulamentação para projetos energéticos offshore. Essas lacunas precisam ser superadas para que o Brasil aproveite ao máximo o potencial econômico e sustentável da Amazônia Azul.

Desafios e Perspectivas da Economia Azul no Brasil

Embora o PIB do Mar represente uma oportunidade singular, sua consolidação enfrenta barreiras. A falta de dados integrados sobre setores marítimos dificulta o planejamento e a implementação de políticas públicas eficazes. Além disso, questões como pesca ilegal, impactos ambientais e vulnerabilidade socioeconômica em comunidades costeiras requerem soluções urgentes.

Por outro lado, o avanço tecnológico apresenta perspectivas promissoras. A implementação de sistemas como o SisGAAz, para monitoramento da Amazônia Azul, e o investimento em infraestrutura portuária demonstram o compromisso com a exploração sustentável. Esses esforços não apenas aumentam a segurança marítima, mas também abrem portas para o Brasil se tornar referência global em economia azul.

A Amazônia Azul é um ativo que vai além da economia; ela representa a soberania nacional e a oportunidade de alinhar desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Para transformar potencial em realidade, o Brasil precisa investir em dados, inovação e políticas públicas robustas, consolidando o PIB do Mar como um motor estratégico para o futuro do país.

Referência

  • ANDRADE, Israel de Oliveira; HILLEBRAND, Giovanni Roriz Lyra; SANTOS, Thauan; MONT’ALVERNE, Tarin Cristino Frota; CARVALHO, Andrea Bento. PIB do mar brasileiro: motivações sociais, econômicas e ambientais para sua mensuração e seu monitoramento. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2022. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/publicacoes. Acesso em: 30 nov. 2024.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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