ECEME, EGN e ECEMAR finalizam simulação no AZUVER 2024

A 34ª edição do Jogo de Guerra AZUVER, realizada pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), reuniu mais de 450 oficiais-alunos das principais escolas de Estado-Maior do Brasil. O exercício, que se estendeu por seis semanas, envolveu participantes da ECEME, da Escola de Guerra Naval (EGN) e da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), em um esforço conjunto que buscou aprimorar a interoperabilidade e a doutrina das Forças Armadas. Coordenado pelo Ministério da Defesa, o AZUVER reafirma-se como uma ferramenta essencial para o treinamento de operações militares conjuntas.

A Estrutura e os Objetivos do Jogo de Guerra AZUVER

O Jogo de Guerra AZUVER é um dos principais exercícios de simulação militar do país, projetado para aprimorar a doutrina de operações conjuntas entre o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. O objetivo central do exercício é fortalecer a capacidade de planejamento estratégico e a tomada de decisão dos oficiais-alunos, por meio de cenários realistas que exigem colaboração e coordenação entre as três Forças. Representada pelo General Zambão, presidente da Comissão Interescolar de Doutrina de Operações Conjuntas (CIDOC), a comissão conduziu a supervisão do exercício, que é parte do ciclo anual de evolução doutrinária das Forças Armadas.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

A estrutura do AZUVER permite que os participantes, em diferentes funções de comando, simulem operações conjuntas e desenvolvam habilidades que serão aplicadas em missões reais. Esse treinamento é essencial para que os oficiais compreendam a dinâmica das operações militares em contextos complexos e aprendam a alinhar as estratégias de defesa, estabelecendo uma base sólida para a integração operacional.

Análise Pós-Ação (APA) e os Resultados do Exercício

No encerramento do AZUVER, foi realizada uma Análise Pós-Ação (APA), uma etapa crucial do exercício em que instrutores e participantes discutiram os principais aspectos dos planejamentos realizados. A APA destacou os pontos fortes do exercício, como o desenvolvimento de capacidades de liderança, a precisão na execução dos planos e a eficiência na coordenação interforças. Também foram identificadas áreas de melhoria, incluindo o aperfeiçoamento de comunicações e a integração logística, que servirão como base para os próximos jogos de guerra.

A análise detalhada dos resultados proporciona um feedback fundamental para os oficiais e para as escolas envolvidas, que podem ajustar suas metodologias e práticas para os futuros exercícios. Esse momento de avaliação e troca de experiências foi conduzido pelos líderes das três Forças e reforça a importância do AZUVER para o aperfeiçoamento da doutrina e da capacidade operacional dos militares.

Interoperabilidade e Cooperação entre as Forças Armadas

A interoperabilidade entre o Exército, a Marinha e a Aeronáutica é um dos principais objetivos do AZUVER, que busca fortalecer a integração e eficiência nas operações conjuntas. A participação de cada força com suas competências e recursos específicos permite que os oficiais-alunos compreendam a importância da cooperação em cenários onde a coordenação é essencial para o sucesso de missões complexas.

Em seu discurso de encerramento, o General Montenegro, Chefe de Educação e Cultura do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), ressaltou que o exercício é fundamental para a evolução da Doutrina Militar e para o desenvolvimento de um sistema de defesa cada vez mais integrado e eficiente. Ele reforçou que o fortalecimento da doutrina de operações conjuntas contribui não apenas para a prontidão das Forças Armadas, mas também para a defesa da soberania nacional e a segurança do Brasil.

O Jogo de Guerra AZUVER 2024, ao reunir as principais escolas de Estado-Maior das Forças Armadas, consolida-se como um evento essencial no calendário militar, promovendo o desenvolvimento de competências estratégicas e a formação de líderes capazes de atuar em operações conjuntas. A ECEME, ao lado da EGN e da ECEMAR, desempenhou um papel essencial na construção de um ambiente de aprendizado prático, em que a doutrina de interoperabilidade é colocada em prática e aprimorada, preparando os futuros comandantes para desafios que exigem estratégia, cooperação e disciplina.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui