Descobrindo a Amazônia Azul: O Brasil Amplia Seu Território Marítimo

A expansão da área marítima brasileira revela a riqueza e potencial da Amazônia Azul, um tesouro subaquático à espera de ser explorado

O Brasil celebra uma conquista histórica: a expansão de sua área marítima em impressionantes 5,7 milhões de km², agora conhecida como Amazônia Azul. Este feito é resultado de um meticuloso trabalho realizado por profissionais dedicados da Marinha, Petrobras e da comunidade científica. A Amazônia Azul não é apenas uma extensão do Mar Territorial Brasileiro, mas também abrange a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e se estende além das tradicionais 200 milhas náuticas da costa brasileira. Esta expansão é comparável à grandiosidade da Floresta Amazônica, tanto em termos de dimensão quanto de riqueza natural.

Inclusão no Mapa Brasileiro

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Mapa político do Brasil com a inclusão da Amazônia Azul, à direita (em azul). Imagem: Marinha do Brasil/IBGE

Após quatro anos de estudos e colaborações entre a Marinha, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o Ministério da Educação, a Amazônia Azul foi finalmente incluída no mapa brasileiro. Esta inclusão tem como objetivo mudar a percepção da população sobre a extensão e riqueza do território brasileiro. Além disso, espera-se que essa nova representação geográfica inspire as futuras gerações a valorizar e proteger essa vasta região marítima, que é vital para a economia do país, sendo responsável por 95% da extração de petróleo nacional e pelo tráfego de 95% do comércio exterior.

Os Bandeirantes das Longitudes Salgadas

Delegação Brasileira – os “bandeirantes das longitudes salgadas” – reunida na ONU em 2004, em Nova York (EUA)

Por trás dessa expansão, há uma equipe de especialistas dedicados, carinhosamente chamados de “bandeirantes das longitudes salgadas”. Estes profissionais, que incluem hidrógrafos, biólogos e oceanógrafos, são os responsáveis por explorar e mapear a Amazônia Azul. Assim como os bandeirantes do passado expandiram os limites terrestres do Brasil, esses novos exploradores estão ampliando o domínio marítimo do país. Durante suas expedições, que podem durar de 15 a 30 dias, coletam dados valiosos sobre o fundo do mar e o subsolo marinho, alcançando profundidades de mais de 5.000 metros.

Reconhecimento Internacional e Futuro da Amazônia Azul

Ilustração das áreas da extensão da Plataforma Continental Brasileira. A margem Sul já foi reconhecida pela ONU

A expansão da plataforma continental brasileira não passou despercebida no cenário internacional. A proposta de extensão foi dividida em três áreas e enviada às Nações Unidas para avaliação e reconhecimento. Com a Região Sul já reconhecida pela ONU, as outras regiões aguardam análise. Além de solidificar a soberania do Brasil sobre essa vasta área marítima, o reconhecimento internacional da Amazônia Azul abre portas para novas descobertas e oportunidades, desde campos petrolíferos até a exploração da biodiversidade marinha, prometendo um futuro brilhante para as próximas gerações de brasileiros.

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).
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