Pilotos e tripulações das Forças Armadas em voo a bordo de helicópteros adaptados para o emprego de Óculos de Visão Noturna (OVN). Este é o cenário da segunda fase da operação inédita denominada Ricardo Kirk. A ação ocorre entre 16 e 20 de agosto, no Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, São Paulo.

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Coordenada pelo Ministério da Defesa, a atividade visa potencializar a capacidade operativa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em atuar com meios aéreos de forma conjunta, numa mesma missão de incursão de tropa. Auxilia, ainda, no planejamento de futuras operações e de possíveis ações de emprego em combate.

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No 1º Batalhão de Aviação do Exército, 25 militares, entre pilotos e tripulações, compartilham e padronizam procedimentos em missões aéreas realizadas à noite, com o emprego do OVN.

Os helicópteros empregados, modelo H225M, constituem plataforma multimissão e podem ser utilizados em situações de calamidade pública, resgate e transporte logístico. Essas aeronaves integram projeto estratégico do Ministério da Defesa.

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O efetivo da operação é composto por militares do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1° BAvEx), do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral da Marinha (HU-2) e do 3º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação da Força Aérea (3°/8° GAV).

O Subchefe de Operações do Ministério da Defesa, General de Brigada Sérgio Rezende de Queiroz, ressalta a importância da integração desenvolvida durante o treinamento. “Propicia interoperabilidade entre as três Forças Singulares, por meio da padronização de procedimentos”, enfatizou.

Destinada ao nivelamento doutrinário de técnicas e táticas, a primeira etapa da operação ocorreu entre 25 e 30 de julho. Na fase em curso, são executadas atividades em incursão aeromóvel no período noturno, no contexto de uma situação tática preestabelecida.

Trinta militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve, localizada em Caçapava, São Paulo, também integraram o exercício. Com armamento individual, efetuaram ações de embarque e desembarque nos helicópteros H225M, além de aprimorarem procedimentos durante a situação simulada em voo noturno.

Lotado no 3º/8º GAV, em Santa Cruz (RJ), o Capitão Aviador da Força Aérea André Afonso Vidal participa pela primeira vez do treinamento. Além do aprendizado, ele destaca a oportunidade de compartilhar conhecimentos.

“A participação das três Forças nesse adestramento conjunto é essencial para integração das doutrinas especificas de cada Força, buscando explorar, ao máximo, as capacidades das nossas aeronaves”, disse o piloto da FAB.

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O Capitão de Corveta Fuzileiro Naval Arthur Assumpção da Costa participou da operação como piloto do HU-2, situado em São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro. O militar explica os benefícios ao empregar os óculos de visão noturna. “O equipamento melhora, significativamente, a consciência situacional e a segurança no voo, permitindo executar operações em locais que, se não estivesse com os óculos de visão noturna, não poderíamos fazer o pouso”, observou.

Instrutor do 1º Batalhão de Aviação do Exército, em Taubaté, o Major Paulo de Souza Aleixo Júnior relata que o uso de OVN faz parte das instruções da organização militar. “Na maioria das operações executadas no 1º BAvEx, priorizamos o emprego das aeronaves à noite. A utilização desses óculos garante uma segurança técnica e tática maior”, disse.

Otimização de recursos

Denominado H-XBR, o projeto do Ministério da Defesa de aquisição de helicópteros modelo H225M possibilitou transferência de tecnologia à indústria brasileira e preconiza a ampliação da capacidade brasileira de defesa no campo aeronáutico, em particular, a aviação de asas rotativas (helicópteros). Até o momento, foram entregues para as Forças Amadas 38 aeronaves, sendo 11 para Marinha, 13 para o Exército e 14 para Força Aérea Brasileira.

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Óculos Especiais

As lentes dos óculos de visão noturna captam um foco de luz ambiente, seja da lua ou das estrelas, e ampliam essa luminosidade por meio de um tubo intensificador de imagem. Dessa forma, mesmo em ambiente escuro, é possível visualizar imagens com o uso do equipamento. O artefato possui formato semelhante a um binóculo e é carregado por pilhas.

Fotos: Alexandre Manfrim

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).