Navio-Tanque da Marinha finaliza testes após reforma em Niterói

Navio em frente ao Pão de Açúcar, Rio de Janeiro.
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Após mais de quatro meses em docagem no Estaleiro Renave, em Niterói (RJ), o Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta” voltou ao mar para uma importante fase de testes. A embarcação da Marinha do Brasil realizou a chamada experiência de máquinas, um procedimento técnico essencial para avaliar sistemas críticos antes de retornar à operação plena. O avanço marca a conclusão da primeira fase de um rigoroso Período de Manutenção Geral (PMG).

Aspectos técnicos da experiência de máquinas e sua importância para o PMG

Navio em mar com pôr do sol.

A chamada experiência de máquinas é um marco tradicional na retomada operativa de navios que passaram por longos períodos de manutenção. No caso do NT “Almirante Gastão Motta”, os testes realizados entre os dias 13 e 14 de maio serviram para avaliar o funcionamento de sistemas como linha de eixo, leme, hélice, propulsão, e controle de navegação. Durante o procedimento, também foram realizados adestramentos com a tripulação para validar protocolos de segurança e desempenho.

A atividade sinaliza que a primeira fase do PMG, focada em intervenções estruturais e substituição de componentes, foi concluída com sucesso. Além disso, novos sistemas como um ecobatímetro foram integrados à embarcação, melhorando a capacidade de navegação em águas restritas. O próximo passo será a modernização dos motores principais e a atualização do sistema de reabastecimento no mar, garantindo maior eficiência e confiabilidade.

Parceria Marinha–EMGEPRON e o papel da indústria naval privada

Este PMG tem um diferencial relevante: foi executado em parceria entre o Comando da Força de Superfície da Marinha e a EMGEPRON, por meio de contrato com o Estaleiro Renave. A decisão de utilizar a capacidade instalada da indústria naval privada representa um avanço na estratégia de manutenção dos meios navais, proporcionando maior agilidade, redução de custos e fortalecimento do setor naval brasileiro.

Esse modelo de cooperação público-privada, ainda relativamente recente em projetos dessa natureza, permite à Marinha ampliar sua capacidade de manter a prontidão dos meios operativos sem sobrecarregar os arsenais navais. Ao mesmo tempo, contribui para a geração de empregos e o fomento à economia local, especialmente no polo naval de Niterói, tradicional na construção e reparo de navios militares e civis.

Impacto estratégico do retorno do NT Gastão Motta para a Força de Superfície

O NT “Almirante Gastão Motta” é peça-chave no esquema logístico da Força de Superfície da Marinha do Brasil, especialmente por sua capacidade de realizar reabastecimento no mar (RAS), permitindo maior autonomia a navios em missão. Seu retorno ao ciclo operativo, previsto para o início de 2026, representa um reforço essencial à capacidade expedicionária da Esquadra Brasileira.

Além disso, o navio é fundamental para o treinamento de tripulações em operações logísticas complexas e para a atuação em exercícios multinacionais com marinhas amigas. Sua presença operativa contribui para a projeção do poder naval brasileiro no Atlântico Sul e para o cumprimento das diretrizes da Amazônia Azul, garantindo soberania e presença estratégica em áreas de interesse nacional.

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