Exército inaugura monumento aos peacekeepers na Amazônia

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Em uma cerimônia marcada por emoção e respeito, a 2ª Brigada de Infantaria de Selva prestou homenagem aos peacekeepers brasileiros com a inauguração de um monumento em São Gabriel da Cachoeira (AM). No coração da Amazônia, o Exército eternizou o legado dos militares que serviram em missões de paz da ONU, reafirmando o compromisso do Brasil com a promoção da paz mundial.
A atuação brasileira em missões de paz da ONU: história e legado
O Brasil tem longa e respeitada trajetória no contexto das operações de paz das Nações Unidas, sendo reconhecido internacionalmente pela capacidade de liderança e atuação humanitária de seus militares. Desde os anos 1950, quando enviou observadores para a missão da ONU na Palestina, até sua atuação emblemática no Haiti (MINUSTAH), o país acumulou prestígio e consolidou sua doutrina de emprego militar multilateral.
Militares brasileiros serviram em mais de 50 missões de paz, sempre com foco na estabilização de regiões em conflito, apoio à reconstrução civil e garantia de direitos humanos. Muitos desses soldados partiram da Amazônia, especialmente da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, unidade tradicionalmente engajada nas ações de cooperação internacional.
O General de Brigada Corbari, comandante da brigada, destacou em seu discurso a importância do desempenho brasileiro no concerto das nações e homenageou os que tombaram em solo estrangeiro, reforçando a dignidade e a bravura do soldado da paz.
Reconhecimento e memória: o papel simbólico do monumento na Amazônia
A inauguração do monumento em São Gabriel da Cachoeira é mais que um tributo físico — é um marco simbólico que conecta a memória dos que serviram às futuras gerações de combatentes. Localizado em uma das regiões mais isoladas do território nacional, o monumento remete ao valor universal da paz em meio à floresta densa e aos rios imponentes do Alto Rio Negro.
Durante a cerimônia, foi realizado o toque de silêncio, em homenagem póstuma aos militares brasileiros que perderam a vida em missões da ONU. Antigos integrantes das missões de paz foram colocados em posição de destaque na solenidade, reforçando a valorização institucional e emocional de quem arriscou a vida longe do território nacional.
O monumento não apenas honra os mortos, mas inspira os vivos. É um lembrete visível da responsabilidade que o Brasil assume ao enviar seus soldados a zonas de conflito com a missão de proteger civis, construir pontes de diálogo e restaurar a ordem em regiões devastadas.
A presença do Exército na Amazônia e sua dimensão internacional
A 2ª Brigada de Infantaria de Selva, conhecida como “Brigada Ararigbóia”, tem papel estratégico na defesa da Amazônia brasileira. Sua presença em São Gabriel da Cachoeira não é apenas territorial — é simbólica de um Brasil conectado ao mundo, que atua tanto na proteção da soberania nacional quanto na consolidação da paz global.
A localização da brigada, em uma das áreas mais sensíveis do país, na tríplice fronteira com a Colômbia e Venezuela, fortalece a posição do Exército como ator geopolítico relevante. A inauguração de um monumento aos peacekeepers nesta região reforça essa vocação dual: cuidar do território e representar o país no cenário internacional.
A cerimônia também destaca como o soft power militar, através da memória e do simbolismo, pode ser tão eficaz quanto as ações concretas de defesa. O monumento aos soldados da paz ecoa, na floresta, o compromisso de uma força armada que se orgulha de sua história e se projeta para o futuro com responsabilidade e honra.
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