Base Aérea do Recife será desativada pela FAB após 83 anos de operação

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A Base Aérea do Recife (Barf), fundada em plena 2ª Guerra Mundial, será desativada pela Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 24 de julho, após 83 anos de operação. A decisão, assinada pelo tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, atual comandante da FAB, reflete a redução significativa nas atividades da base e visa promover a eficiência administrativa e econômica da Aeronáutica.

História e Importância da Base Aérea do Recife

Inaugurada em 1941, a Base Aérea do Recife (Barf) nasceu no contexto da 2ª Guerra Mundial, em uma área então conhecida como Campo do Ibura. Durante o conflito, a base serviu como ponto estratégico para operações dos Estados Unidos contra os países do Eixo, abrigando tanto a US Navy quanto o US Army. Ao longo de seus 83 anos de operação, a Barf desempenhou funções essenciais na defesa aérea do Brasil, apoiando missões de patrulha, resgate e transporte. Sua localização em Recife, na Zona Sul da cidade, garantiu sua relevância como ponto de apoio para aeronaves militares em trânsito, além de servir como centro de operações para várias unidades aéreas.

Motivos e Impactos da Desativação

A decisão de desativar a Base Aérea do Recife, marcada para 24 de julho, coincide com o aniversário de 83 anos da base. Conforme a portaria assinada pelo tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, a medida foi motivada por uma redução significativa nas atividades operacionais da base. Sem unidades aéreas permanentes sediadas, a Barf vinha funcionando principalmente como ponto de apoio eventual. A desativação visa promover maior eficiência administrativa e econômica dentro da FAB. As atividades antes realizadas na base serão redistribuídas para outras unidades, incluindo o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), o Segundo Comando Aéreo Regional (II Comar) e o Grupamento de Apoio de Recife (GAP-RF).

Futuro das Instalações e Pessoal

Apesar da desativação das operações aéreas, a infraestrutura da Base Aérea do Recife será mantida, assim como a equipe, sem movimentação de profissionais para outras localidades. As placas de sinalização com “Base Aérea do Recife” continuarão a ser exibidas, preservando os laços históricos com a sociedade local. O acervo histórico da Barf ficará sob a proteção do Cindacta III, garantindo que a memória e o legado da base sejam preservados. Além disso, há um planejamento para que outras atividades de controle do espaço aéreo, incluindo a operação dos controles de aproximação de Maceió e Aracaju, sejam realizadas a partir de Recife a partir de 2025. Essa realocação estratégica das atividades visa otimizar os recursos e manter a eficácia das operações de defesa aérea no Nordeste do Brasil.

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