Ação da Marinha combate transporte ilegal de madeira no Marajó

Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias. |
Em mais uma ofensiva contra os crimes ambientais na região amazônica, a Marinha do Brasil apreendeu um comboio fluvial que transportava cerca de 2 mil metros cúbicos de madeira de forma irregular no Arquipélago do Marajó, no Pará. A abordagem foi realizada pelo Navio-Patrulha “Pampeiro”, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Oeiras do Pará, resultando na apreensão de embarcações sem condutor habilitado, com excesso de carga e documentos florestais incompletos.
Fiscalização fluvial: o papel do Navio-Patrulha Pampeiro na Amazônia Legal

Subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval, o Navio-Patrulha “Pampeiro” é uma das principais ferramentas da Marinha do Brasil no combate a crimes ambientais e na salvaguarda da navegação nos rios da Amazônia Legal. Com 28,95 metros de comprimento, canhões leves e tripulação preparada para abordagens complexas, o NPa atua em missões que exigem precisão, logística e ação rápida em ambientes fluviais.
Na operação que culminou na apreensão das balsas no município de Curralinho, o Pampeiro realizou patrulhamento naval intensivo com foco em embarcações suspeitas. O comboio interceptado — um empurrador e duas balsas carregadas com toras de espécies nobres — apresentava infrações múltiplas, como excesso de carga, ausência de habilitação do condutor e irregularidades em equipamentos de segurança. A embarcação foi escoltada até porto seguro, onde o material ficou sob custódia para apuração.
Crime ambiental e exploração ilegal de madeira: impacto na floresta e nas comunidades

O transporte irregular de madeira está diretamente ligado à cadeia da exploração ilegal dos recursos florestais, um dos principais desafios da preservação da Amazônia. Espécies como jarana, tauari, louro-preto, louro-amarelo, andiroba e sucupira têm alto valor no mercado madeireiro e são frequentemente extraídas sem manejo sustentável ou controle ambiental.
Além do dano ambiental, a atividade ilegal alimenta circuitos de trabalho precário, evasão fiscal e desestruturação social em comunidades locais. O valor estimado da carga apreendida pode ultrapassar R$ 600 mil, segundo avaliação da Secretaria de Meio Ambiente de Oeiras do Pará, que deverá aplicar multas e encaminhar os responsáveis às autoridades competentes.
Cooperação interinstitucional e a presença do Estado no Arquipélago do Marajó
A operação bem-sucedida foi fruto da cooperação entre a Marinha e os órgãos ambientais municipais, demonstrando a importância da presença estatal integrada na região amazônica. O Arquipélago do Marajó, por sua complexidade geográfica e acesso predominantemente fluvial, exige vigilância constante e ações conjuntas para assegurar o cumprimento da legislação ambiental.
Esse tipo de ação reafirma o papel da Marinha como braço operacional do Estado brasileiro na Amazônia, contribuindo para a proteção da biodiversidade, a segurança da navegação e a aplicação da lei. A continuidade de operações como essa reforça a soberania e a capacidade do país de reagir aos desafios ambientais e logísticos da floresta.
Participe no dia a dia do Defesa em Foco
Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395