De defesa a ajuda humanitária: principais ações da Marinha em 2024

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Das águas agitadas do Atlântico às calmas margens dos rios amazônicos, a Marinha do Brasil esteve presente em 2024 com ações que foram além da defesa nacional. Seja no transporte de doações às vítimas das enchentes no Sul, no combate aos incêndios no Pantanal ou em operações internacionais de treinamento, a Força Naval mostrou preparo, modernização e dedicação. Esta retrospectiva apresenta as principais missões e conquistas que marcaram o ano.

Ações Humanitárias e de Defesa Ambiental

Em um ano marcado por desafios climáticos extremos, a Marinha do Brasil atuou de forma decisiva para mitigar os impactos das tragédias ambientais. No Rio Grande do Sul, após as enchentes históricas que assolaram o estado, a Força Naval mobilizou mais de 2 mil militares, nove navios, 11 helicópteros, 73 embarcações e 215 viaturas para oferecer suporte às vítimas. Além de transportar mais de 115 toneladas de doações, foi montado um hospital de campanha, proporcionando atendimento médico em áreas críticas.

No Pantanal, os focos de incêndio atingiram números alarmantes, com mais de 14,6 mil registros entre janeiro e novembro. A Marinha participou ativamente do combate às chamas, utilizando helicópteros, navios e embarcações, além de prestar assistência médica às famílias ribeirinhas afetadas pela fumaça.

Na Terra Indígena Yanomami, os militares integraram a Operação Catrimani II, combatendo o garimpo ilegal e prestando assistência humanitária às comunidades locais. Foram inutilizados mais de 300 acampamentos e 45 pistas clandestinas, apreendidas 221 dragas e quase mil motores, além de mais de 17 quilos de ouro extraídos ilegalmente.

Modernização e Avanços Tecnológicos da Marinha

Em 2024, a Marinha do Brasil avançou significativamente em seus programas de modernização. Em janeiro, o submarino Humaitá, com propulsão diesel-elétrica, foi oficialmente entregue, reforçando a capacidade de defesa submarina do país. Paralelamente, o Programa de Submarino Nuclear Álvaro Alberto registrou avanços importantes com a montagem do casco resistente que abrigará o gerador de energia.

Outro destaque foi o Programa Fragatas Classe Tamandaré, que concluiu, em agosto, a construção da primeira das quatro unidades planejadas até 2029. Esse projeto representa um marco para a indústria naval brasileira, combinando mão de obra local com transferência de tecnologia de ponta.

Além das embarcações, a Marinha investiu na aquisição de viaturas blindadas leves (JLTV) e na aeronave remotamente pilotada NAURU 500C, rebatizada como RQ-2, para fortalecer suas ações de busca e salvamento (SAR). Entre janeiro e novembro, esses esforços contribuíram diretamente para o resgate de mais de 400 pessoas em situações de emergência no mar.

Missões Internacionais e Combate ao Crime Organizado

A presença internacional da Marinha do Brasil foi reforçada por meio de exercícios conjuntos como Jeanne d’Arc, Unitas, Fraterno e IBSAMAR. Essas operações contribuíram para o aperfeiçoamento das táticas navais e fortaleceram laços diplomáticos com forças armadas de outros países.

No combate ao crime organizado, a Operação Lais de Guia foi uma das principais ações no litoral brasileiro. Realizada nos portos do Rio de Janeiro, São Paulo e no Lago de Itaipu, a operação envolveu mais de mil militares por dia, com inspeções minuciosas nos cascos submersos dos navios. A ação resultou em prejuízos estimados em R$ 122 milhões para as organizações criminosas.

A Marinha também atuou diretamente na segurança da Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro. Durante o evento, foram realizadas operações de patrulhamento naval, busca de artefatos explosivos com o uso de cães treinados, além de varreduras contra ameaças nucleares, biológicas, químicas e radiológicas.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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