De atirador a instrutor: militar comanda TG onde tudo começou

Militar em uniforme camuflado perto de rio.
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O tempo passou, mas a farda permanece com o mesmo brilho. O 1º Sargento Sebastião, hoje integrante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, foi nomeado instrutor do TG 02-062, o mesmo local onde ingressou no Exército como atirador. O reencontro com suas origens, duas décadas e meia depois, revela a força do exemplo e o poder transformador da formação militar de base.

A trajetória de Sebastião: do Atirador 43 ao Sargento Instrutor

Soldado brasileiro cumprimenta criança em ambiente urbano carente.

Em 2001, o então jovem Morais, Atirador 43 do Tiro de Guerra de São Joaquim da Barra (SP), dava seus primeiros passos na vida militar. Vinte e cinco anos depois, ele retorna à mesma cidade, agora como 1º Sargento Sebastião Ferreira de Morais Júnior, selecionado entre muitos para liderar a formação de uma nova geração de jovens. Sua designação para o biênio 2026/2027 é mais que uma honraria: é o reconhecimento de uma carreira construída com esforço, mérito e dedicação à Pátria.

Ao longo das últimas duas décadas, Sebastião serviu em diversas regiões do Brasil, especialmente na área de selva amazônica, onde acumulou experiência tática e liderança em cenários desafiadores. Cada etapa fortaleceu sua identidade como militar comprometido, preparado e pronto para transmitir seus conhecimentos à juventude brasileira, agora de volta ao lugar onde tudo começou.

A importância dos Tiros de Guerra na formação de cidadãos

Soldados do Exército conversando em base militar.

Os Tiros de Guerra (TG) são pequenas unidades do Exército Brasileiro distribuídas por cidades do interior, onde jovens realizam o serviço militar obrigatório conciliando suas atividades civis. Ali, aprendem não só noções de defesa e táticas operacionais, mas também valores fundamentais como hierarquia, disciplina, civismo e solidariedade. São locais onde se formam não apenas reservistas, mas cidadãos conscientes.

No caso do TG 02-062, o retorno de um ex-atirador como instrutor potencializa essa missão. Para o 1º Sargento Sebastião, o contato direto com a juventude, cada qual com seus desafios e aspirações, representa uma oportunidade única de moldar exemplos de patriotismo e responsabilidade social, dentro e fora do ambiente militar. “É uma missão que exige equilíbrio, firmeza e empatia. E é exatamente isso que me motiva”, afirma.

Memória, missão e emoção: o retorno às origens como símbolo de vocação

A nomeação de Sebastião tem também um forte apelo simbólico. Ele retorna ao TG de sua juventude após a perda dos pais, que tanto se orgulhavam de seu ingresso no Exército. Embora eles não estejam mais presentes, o militar afirma que carregará a memória deles em cada instrução, cada formação e cada cerimônia. “Sei que estariam emocionados em me ver aqui, de novo, agora como instrutor”, declarou com emoção.

Seu reencontro com o Tiro de Guerra em São Joaquim da Barra representa mais do que um novo capítulo. É o fechamento de um ciclo e o início de outro, agora como referência para novos atiradores. A história do 1º Sargento Sebastião é uma homenagem viva à missão dos TGs e um convite para que mais jovens enxerguem no serviço militar uma escola de vida e um caminho de transformação pessoal e social.

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