Por: Victor Gaspar Filho, Mestre em Estudos Marítimos pela EGN

“Na quinta-feira dia 14, o cruzador russo Moskva afundou quando estava sendo rebocado de volta a Sevastopol, no Mar Negro. Desde 02 de março, navios da Marinha russa atuam próximos à costa de Odessa em demonstrações anfíbias, efetivamente criando um bloqueio marítimo na região. Segundo os governos ucraniano e americano, o Moskva teria sido atingido no dia 13, por dois mísseis R-360 Neptune, comissionados no ano passado pelas Forças Armadas ucranianas. O ataque teria ocorrido de forma coordenada, com dois drones de origem turca sobrevoando a área de forma a confundir o sistema de detecção aérea do Moskva. O Ministério da Defesa russo, apesar de confirmar a perda do navio, afirma que ela se deu por um incêndio a bordo que teria detonado munições após a completa evacuação da embarcação.

1650151918170

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Considerando a escassez de dados disponíveis e o fato do navio ter capacidade para 510 pessoas, a quantidade de vítimas pode, na verdade, ter sido muito elevada. Relatórios afirmam que um navio turco resgatou 54 marinheiros antes do cruzador afundar. O cruzador Moskva, da classe Slava, era o navio capitânia da Esquadra Russa do Mar Negro e estava em operação desde 1983. Navios dessa classe deslocam 11,000 toneladas e atingem até 32 nós.

O afundamento representa a maior perda de um navio de guerra em 40 anos – desde o cruzador argentino ARA General Belgrano, torpedeado pelo submarino britânico HMS Conqueror em 02/05/1982 na Guerra das Malvinas. No dia seguinte, como retaliação, forças russas atacaram uma planta de produção bélica responsável pela fabricação e manutenção de mísseis Neptune em Kiev utilizando mísseis de longo alcance disparados do Mar Negro. Especula-se que o acontecimento pode mudar a postura russa no teatro de operações – deslocando seus navios para mais longe da costa. Trata-se da primeira vez que a Rússia perde uma embarcação por fogo inimigo desde 1941, representando um grande baque para o moral de suas tropas.”

E, se você achou esse conteúdo importante, não deixe de conferir este e demais produtos do Núcleo de Avaliação da Conjuntura.

Seja um assinante Geocorrente!

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).