Cooperação Brasil-Espanha avança na feira Feindef 2025

Homens observam equipamentos de comunicação em exposição.
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Em um dos principais palcos da indústria de defesa da Europa, o Brasil marcou presença na Feindef 2025, realizada em Madrid, fortalecendo os laços estratégicos com a Espanha e ampliando as oportunidades de parcerias tecnológicas. Representando o país, o Ministério da Defesa promoveu a Base Industrial de Defesa (BID) brasileira junto a mais de 90 delegações internacionais.

Atuação brasileira na Feindef 2025 e agenda bilateral

Exposição de equipamento militar em evento de defesa.

Durante os dias 12 a 14 de maio, a comitiva brasileira, liderada pela Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), visitou estandes, participou de demonstrações operacionais e conduziu reuniões bilaterais com representantes da Espanha e de empresas de defesa. O foco das conversas esteve na área de tecnologia espacial, defesa cibernética e sistemas embarcados.

Segundo o Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, os encontros renderam avanços concretos. “Identificamos grande interesse das empresas espanholas em integrar projetos com tecnologia dual, especialmente com foco em transferência de conhecimento e na integração à cadeia produtiva brasileira”, destacou. A participação em eventos como a Feindef permite ao Brasil negociar diretamente com players estratégicos e posicionar sua BID como parceira global.

Impactos para a Base Industrial de Defesa brasileira

A presença do Brasil em Madrid não foi apenas institucional — foi estratégica para a consolidação internacional da BID brasileira. O diálogo com empresas e representantes estrangeiros amplia as possibilidades de cooperação tecnológica, transferência de know-how e até de parcerias comerciais envolvendo produtos e serviços de defesa.

Além disso, o fortalecimento da BID tem impactos diretos no cenário nacional: estimula a inovação tecnológica, gera empregos qualificados, fomenta a indústria de ponta e cria oportunidades para universidades e centros de pesquisa. As especializações em áreas como defesa cibernética, sensoriamento remoto, navegação autônoma e satélites são diretamente beneficiadas por iniciativas de cooperação internacional.

Brasil-Espanha: uma aliança estratégica em defesa

Homem explicando tecnologia em feira de negócios.

A participação brasileira na Feindef 2025 também deu continuidade a um processo de aproximação diplomática e industrial com a Espanha, iniciado oficialmente em 2022, com a assinatura de um memorando de entendimento entre os dois ministérios da Defesa. O acordo visa fortalecer a cooperação no desenvolvimento e produção de materiais de defesa, com foco nos setores científico, tecnológico e industrial.

A relação entre os dois países tem potencial para se tornar estratégica, combinando a expertise europeia com as capacidades produtivas e logísticas do Brasil. Em um cenário global em que a autonomia tecnológica é cada vez mais valorizada, construir alianças sólidas como essa é essencial para a projeção internacional do Brasil no campo da defesa e segurança.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).