Contingente brasileiro encerra treinamento na Espanha e parte para missão de paz no Líbano

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No dia 18 de abril, foi encerrado o adestramento conjunto do 16º Contingente Brasileiro que integra o estado-maior da Brigada Líbano XXXVII. A solenidade foi realizada na Base Militar de Cerro Muriano, sede do Comando da Brigada X, “Gusmán El Bueno”, na cidade de Córdoba. O evento marcou a solenidade denominada “Acto de Despedida”, representando a apresentação oficial das despedidas das autoridades espanholas e dos familiares aos militares designados para a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).

Mais de 600 militares, dos quais sete brasileiros, que integram o 37° contingente da Operação Libre Hidalgo, participaram da formatura de despedida antes do embarque para a área de operações na localidade libanesa de Marjayún, fazendo parte das Forças Interinas das Nações Unidas no Líbano – UNIFIL.

A solenidade foi presidida pelo Comandante da Força Terrestre, Teniente-General José Rodríguez García, que foi recepcionado com honras militares e em seguida passou em revista à tropa integrante da Força de Paz. No discurso, o Comandante da Brigada Guzmán el Bueno X e da Brigada Líbano, General de Brigada Ignacio Olazábal Elorz, destacou a missão de vigiar o cessar das hostilidades entre Hezbollah e Israel, e de ajudar as Forças Armadas Libanesas no sul do país e ao longo da linha que separa Líbano e Israel, a chamada Linha Azul. Por fim, enalteceu e agradeceu a colaboração dos contingentes do Brasil, da Argentina e de El Salvador.

A cerimônia foi marcada por um momento de despedida dos militares junto aos seus familiares. Esses militares trabalharão nos próximos seis meses para manter a segurança efetiva na área e garantir acesso humanitário à população civil.

Histórico da missão

O início da UNIFIL se deu devido às tensões na área compreendida entre as fronteiras de Israel, Líbano e Síria durante a década de 1970. Em 11 de março de 1978, as forças israelenses invadiram o sul do Líbano em resposta a um ataque sofrido por suas tropas pela Organização para a Libertação da Palestina, que, até então, havia estabelecido várias de suas bases em território libanês. No entanto, o governo libanês denunciou essa ação israelense ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, negando seu envolvimento nos eventos anteriores.

A intervenção da ONU obrigou Israel a retirar suas forças e, imediatamente, as primeiras tropas da Força Interina das Nações Unidas no Líbano foram enviadas, em constante colaboração com as Forças Armadas Libanesas (LAF). Após um certo período de estabilidade, a situação se agravou e em julho de 2006 iniciou-se a Operação Libre Hidalgo, que agora está em seu 37° contingente, sendo os últimos 16 compostos também por militares do Exército Brasileiro.

As Forças da ONU destacadas no Líbano, da qual o Brasil faz parte, desempenham um papel fundamental nas tarefas de patrulhamento e observação que garantem a estabilidade na fronteira entre o Líbano e Israel, área de risco devido às hostilidades desencadeadas nas últimas décadas entre o Hezbollah e o estado israelense. A chamada Linha Azul, no sul do país, é o ponto crucial a ser observado para manter a paz que prevaleceu sobre os conflitos nos últimos anos.

Fonte: Aditância de Defesa e do Exército na Espanha

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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