Congresso Científico da AMAN incentiva pesquisa e integração entre escolas militares

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A terceira edição do Congresso de Iniciação Científica Agulhas Negras, realizada na AMAN durante a primeira semana de outubro, reuniu cadetes e alunos de instituições militares para apresentar pesquisas de grande relevância para a defesa nacional. O evento destacou-se como um espaço de integração entre as escolas de formação militar, incentivando o desenvolvimento científico na área.

Pesquisas de destaque no III Congresso de Iniciação Científica

Entre os trabalhos apresentados, dois temas ganharam destaque pela relevância para a Defesa Nacional e pelas inovações propostas. A pesquisa da cadete Luisa de Oliveira Amaral, do Curso de Intendência da AMAN, intitulada “A inserção do Segmento Feminino na AMAN”, explorou o papel das mulheres nas forças armadas, discutindo desafios e oportunidades dentro da Academia. Este estudo foi amplamente reconhecido pela sua contribuição ao debate sobre a diversidade e inclusão nas forças armadas brasileiras.

Outro trabalho que chamou a atenção foi da cadete Maria Fernanda Figueiredo de Castro, da Academia da Força Aérea (AFA), com a pesquisa “Estratégias de manipulação empregadas pela Rússia na guerra informacional com a Ucrânia durante a anexação da Crimeia em 2014”. A pesquisa analisou as táticas de desinformação e manipulação de informação utilizadas pela Rússia, um tema de grande relevância para a compreensão dos conflitos contemporâneos e das novas formas de guerra cibernética e informacional.

As pesquisas apresentadas no congresso não só destacam a competência técnica dos cadetes e alunos, mas também reforçam o papel crucial da pesquisa acadêmica nas forças armadas para enfrentar os desafios modernos de defesa e segurança.

Integração entre escolas militares de formação

O Congresso contou com a participação de cadetes e alunos da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), da Academia da Força Aérea (AFA) e do Instituto Militar de Engenharia (IME). Essa diversidade de participantes permitiu uma rica troca de conhecimentos entre as instituições, fomentando a colaboração entre os futuros oficiais de diferentes forças.

Além da apresentação dos trabalhos de conclusão de curso e projetos de pesquisa, o evento incluiu uma mesa redonda sobre “As publicações acadêmico-científicas na área da Defesa Nacional nas Escolas Militares de formação”, com representantes da AMAN, AFA e IME. O debate abordou a importância de fortalecer a produção acadêmica nas instituições militares e incentivou a criação de novos espaços para a disseminação de pesquisas na área da defesa.

O congresso também contou com uma palestra sobre “O Entorno Estratégico Brasileiro: desafios e oportunidades”, ministrada pelo Capitão de Mar e Guerra Leonardo Mattos, da Escola de Guerra Naval. O tema abordou as questões geopolíticas que afetam o Brasil, ampliando a compreensão dos cadetes sobre o papel do país no cenário internacional de segurança.

Desenvolvimento científico na área de Defesa Nacional

O Congresso de Iniciação Científica Agulhas Negras consolidou-se como uma plataforma essencial para promover o desenvolvimento científico nas forças armadas. O evento não só estimula a criação de pesquisas acadêmicas de qualidade, mas também fortalece o vínculo entre as escolas militares, promovendo a inovação e o intercâmbio de ideias.

As discussões e apresentações ressaltaram a importância de investir na produção científica voltada para a Defesa Nacional, contribuindo para a modernização das forças armadas e para o aprimoramento das estratégias de defesa do Brasil. Além disso, a Biblioteca do Exército apresentou novas publicações científicas, evidenciando o compromisso contínuo da instituição com a disseminação do conhecimento acadêmico.

Com o sucesso da terceira edição, o Congresso de Iniciação Científica Agulhas Negras reforça sua importância como um dos principais eventos para a formação de oficiais com uma sólida base científica, capacitados para enfrentar os desafios do futuro no campo da segurança e defesa.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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