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Em uma aliança que fortalece a soberania digital brasileira, o grupo EDGE, por meio de suas empresas KATIM, BEACON RED e SIATT, firmou um acordo com o CENSIPAM, órgão do Ministério da Defesa voltado à proteção da Amazônia. A parceria prevê a entrega de um sistema de comunicações ultra seguras, com tecnologia de ponta e integração nacional, para atuação em áreas remotas da Amazônia Legal e Azul.
A composição do sistema de comunicação ultra seguro e sua aplicação na defesa
O sistema anunciado combina hardware criptografado, conectividade via satélite e comando tático nacional, oferecendo uma solução inédita em robustez e interoperabilidade. O destaque fica por conta do KATIM X3M, um smartphone de uso governamental com altíssimo padrão de segurança, projetado para resistir a ciberataques e garantir comunicação sigilosa mesmo em áreas remotas. Integrando-se a ele, estão os gateways criptografados 9001R e o link SATCOM, que garantem conectividade segura onde redes convencionais falham.
A SIATT, parceira brasileira estratégica da EDGE, entra com o software de comando e controle, que opera em conjunto com rádios da IMBEL, instituição tradicional da base industrial de defesa do Brasil. O resultado é uma solução modular e escalável, pensada para as realidades operacionais do território amazônico — de missões de vigilância à gestão de crises. A arquitetura do sistema ainda permite sua futura expansão para outras áreas de interesse, como fronteiras, reservas indígenas e zonas costeiras sensíveis.
O impacto da parceria na proteção da Amazônia Legal e na soberania informacional
A Amazônia Legal e Azul são hoje fronteiras estratégicas do Brasil — não apenas por sua biodiversidade e riquezas naturais, mas também por seu papel crescente nos debates sobre segurança ambiental, crimes transfronteiriços e presença estatal. Ao investir em infraestrutura de comunicação segura, o Ministério da Defesa amplia sua capacidade de resposta diante de ameaças como o garimpo ilegal, narcotráfico e espionagem internacional.
Essa parceria com a EDGE também tem valor simbólico: demonstra que o Brasil busca autonomia tecnológica com apoio externo, mas sem abrir mão de protagonismo nacional. A presença da SIATT e da IMBEL no projeto garante que o conhecimento crítico permaneça em solo brasileiro, consolidando um modelo de cooperação tecnológica que fortalece a soberania informacional. Além disso, o projeto pode beneficiar populações locais e comunidades indígenas ao viabilizar conectividade estratégica em regiões historicamente isoladas.
O fortalecimento da cooperação internacional em defesa e tecnologia
A assinatura deste novo acordo durante a LAAD 2025 marca mais um capítulo na crescente aproximação entre Brasil e Emirados Árabes Unidos na área de defesa. O grupo EDGE, considerado um dos maiores conglomerados de defesa do Oriente Médio, já vinha intensificando sua presença no país por meio da aquisição parcial da SIATT e da oferta de soluções de cibersegurança e armamentos inteligentes.
Esse tipo de iniciativa reforça a tendência de cooperação multidimensional entre nações que compartilham interesses em estabilidade regional e avanço tecnológico. Para o Brasil, representa não apenas o acesso a tecnologias de ponta, mas também a inserção em cadeias globais de inovação em defesa. Ao mesmo tempo, iniciativas como essa ajudam a projetar o Brasil como ator relevante no campo da segurança digital, onde a integração entre plataformas, soberania de dados e resiliência operacional se tornaram temas centrais para qualquer estratégia de defesa moderna.
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