Comando Militar da Amazônia recebe comitiva portuguesa

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No coração da floresta amazônica, o Exército Brasileiro abriu as portas de uma de suas mais estratégicas guarnições para estreitar os laços com uma nação irmã. Em visita oficial ao Comando Militar da Amazônia, o General Mendes Ferrão, Chefe do Estado-Maior do Exército de Portugal, conheceu de perto as capacidades operacionais da tropa amazônica, recepcionado pelo General Tomás, Comandante do Exército, e pelo General Costa Neves, Comandante Militar da Amazônia.

Capacidades operacionais e inovações do CMA

A programação da visita incluiu passagens por duas das mais emblemáticas organizações militares do Exército Brasileiro: o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e o Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA). No CIGS, a comitiva portuguesa pôde conhecer o rigoroso preparo físico, técnico e psicológico exigido dos militares que se especializam no ambiente mais desafiador do mundo: a selva. Já no CECMA, foram apresentados os recursos de mobilidade fluvial que permitem a presença contínua da Força Terrestre em áreas remotas da região.

Durante a visita, também foram exibidos os meios tecnológicos mais recentes incorporados pelo CMA, com destaque para o Míssil AC Max, os veículos blindados Guarani e Guaicuru, e os radares Saber e M60. Esses recursos reforçam o poder dissuasório do Exército na região, contribuindo diretamente para o combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais, como o narcotráfico, o garimpo ilegal e o desmatamento. Além disso, a capacidade logística desses meios permite apoio rápido e eficaz às comunidades ribeirinhas e indígenas em situações de calamidade, demonstrando a dupla vocação operacional e humanitária do CMA.

Cooperação, valores comuns e diplomacia militar

Mais do que uma agenda institucional, a visita teve forte caráter simbólico e diplomático. Os exércitos de Brasil e Portugal compartilham não apenas a língua, mas valores históricos, culturais e militares que os unem desde os tempos coloniais. O encontro entre os Generais Tomás e Mendes Ferrão, acompanhado por integrantes dos dois estados-maiores, permitiu a troca de experiências sobre doutrina, comando, inovação e desafios contemporâneos de Defesa.

A comitiva portuguesa também visitou o Espaço Cultural Capitão-Mor Pedro Teixeira, onde conheceu a história do CMA desde os primórdios da presença militar na Amazônia, ainda no período colonial. O gesto reforçou a memória comum entre os países e destacou a importância de se preservar os vínculos que unem as nações lusófonas no campo da Defesa.

A cooperação entre Brasil e Portugal no ambiente militar é mais do que uma cortesia entre Estados: é um exercício de confiança estratégica mútua, em tempos de crescentes ameaças transnacionais. Ao abrir espaço para esse intercâmbio, o CMA reafirma seu papel como ponto de contato entre o Brasil e a comunidade internacional.

A Amazônia como palco de soberania e integração internacional

A Amazônia brasileira, além de seu valor ambiental inestimável, é também um espaço de relevância geopolítica crescente. A visita da comitiva portuguesa reforça a percepção internacional da Amazônia como território estratégico, cuja defesa exige meios tecnológicos, conhecimento especializado e presença contínua do Estado brasileiro. Nesse sentido, o Comando Militar da Amazônia tem se consolidado como um vetor de soberania, integrando vigilância, operações, apoio humanitário e diplomacia.

Ao receber representantes de uma nação europeia com profundo vínculo histórico, o CMA também projeta o Brasil como ator de referência no diálogo militar entre países lusófonos, fortalecendo redes de cooperação baseadas em valores comuns e interesses convergentes. A diplomacia da Defesa, neste contexto, atua como ponte entre continentes e culturas, e a Amazônia como ponto de encontro entre tradição e modernidade.

A visita reforça, por fim, a importância de parcerias internacionais para a proteção da Amazônia, com o Brasil assumindo o papel de protagonista responsável e preparado, comprometido com sua missão constitucional e com os desafios globais do século XXI.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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