Aposição floral em frente ao busto do Almirante Frontin foi realizada durante a cerimônia

Em 11 de novembro, o Comando do 1º Distrito Naval (Com1ºDN) realizou a cerimônia em homenagem ao Armistício da Primeira Guerra Mundial, em frente ao busto do Almirante Pedro Max Fernando de Frontin, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro (RJ).

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O Armistício de Compiègne foi assinado há 102 anos, na cidade de mesmo nome, na França, estabelecendo o fim das hostilidades na Frente Ocidental, sendo um ato decisivo para a assinatura do Tratado de Versalhes, no ano seguinte, que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial.

Naquela Guerra, o Brasil manteve uma atitude de neutralidade até meados de 1917, quando um submarino alemão afundou quatro navios mercantes nacionais, na Europa. Assim, após a Conferência Interaliada, ocorrida em novembro do mesmo ano, em Paris, o governo brasileiro empenhou-se em três esforços de atuação: enviar uma missão médica composta de médicos-cirurgiões civis e militares para atuar em hospitais de campanha do Teatro de Operações europeu; enviar um contingente de oficiais aviadores, da Marinha e do Exército, para integrar a recém-criada Força Aérea Britânica; e empregar parte da Esquadra no Teatro de Operações do Atlântico, atuando na guerra antissubmarina.

Assim, foi organizada a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), composta pelos Cruzadores “Rio Grande do Sul” e “Bahia”, Contratorpedeiros “Piauhy”, “Rio Grande do Norte”, “Parahyba” e “Santa Catarina”, Cruzador-Auxiliar “Belmonte” e Rebocador “Laurindo Pitta”, sob o comando do Contra-Almirante Pedro Max Fernando de Frontin.

Essa Divisão Naval foi incumbida de neutralizar a ação dos submarinos inimigos na área marítima compreendida entre a cidade de Dacar, na costa africana, o Arquipélago de São Vicente, no Atlântico, e Gibraltar, na entrada do Mar Mediterrâneo.

A carência de sobressalentes, a dificuldade para prover o abastecimento de combustível aos seus navios e a pandemia conhecida como “gripe espanhola”, que tirou a vida de 156 militares, não impediram que aquela destemida Força Naval cumprisse sua missão com eficiência. Em 11 de novembro de 1918, com os navios brasileiros fundeados em Gibraltar, foi assinado o Armistício da Grande Guerra, que encerrou a participação brasileira no Teatro de Operações europeu.

Para celebrar a data, o Com1ºDN realizou uma Cerimônia Militar, presidida pelo Comandante de Operações Navais, com a leitura da Ordem do Dia e a aposição floral junto ao busto do Almirante Frontin, prestigiada pelo Cônsul-Geral da França, pelo Vice-Cônsul britânico no Rio de Janeiro e pelo Diretor Técnico do Centro de Capitães da Marinha Mercante. Simultaneamente, a bordo do Rebocador “Laurindo Pitta”, houve o lançamento de flores ao mar em memória daqueles que pereceram no conflito defendendo a Pátria. Por fim, a canção da DNOG foi executada pelo Terceiro-Sargento (FN-MU) William Stayner Pinto Jesus da Silva.

Nas suas palavras, o Comandante de Operações Navais relembrou a criação da DNOG, ressaltou os desafios operacionais e logísticos enfrentados em um Teatro de Operações distante do País, bem como enalteceu o fogo sagrado do marinheiro brasileiro e a determinação do Almirante Frontin no cumprimento do dever.

A cerimônia foi realizada em conformidade com as medidas de enfrentamento à Covid-19.

Fonte: CCSM

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).