Comando Conjunto Pantanal II transporta brigadistas para combate ao fogo

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Nos dias 5 e 6 de setembro, o Comando Conjunto da Operação Pantanal II mobilizou uma aeronave HM-3 Cougar para transportar brigadistas até as proximidades da aldeia Guató, no Mato Grosso. A ação foi fundamental para combater focos de incêndio que avançavam na região, vindos da Bolívia. Além dos brigadistas, foram deslocados equipamentos e materiais para uma área crítica marcada pela grande quantidade de matéria orgânica seca, que aumenta o risco de propagação das chamas.

Detalhes da Operação e Ações do Comando Conjunto

O uso da aeronave HM-3 Cougar pelo Comando Conjunto da Operação Pantanal II foi crucial para a rápida mobilização de brigadistas e equipamentos essenciais no combate aos incêndios na região da aldeia Guató, Mato Grosso. Os focos de incêndio, que tiveram origem na Bolívia e se aproximavam da comunidade indígena, representavam uma ameaça iminente não apenas para a população local, mas também para o delicado ecossistema do Pantanal. O transporte aéreo dos brigadistas permitiu uma resposta imediata ao avanço das chamas, evidenciando a importância do apoio das Forças Armadas em situações de emergência ambiental.

Além de transportar os brigadistas, a aeronave também deslocou equipamentos e materiais necessários para o combate ao fogo. A região em questão é considerada crítica devido à grande quantidade de matéria orgânica seca, que pode facilmente alimentar e espalhar as chamas. A rápida resposta e o transporte de suprimentos foram determinantes para aumentar a capacidade de atuação dos brigadistas em campo, reforçando as ações de controle dos incêndios e minimizando os impactos ambientais.

Os combatentes, uma vez no local, puderam realizar ações estratégicas de contenção dos focos de incêndio, utilizando os recursos fornecidos e contando com o suporte aéreo e logístico do Comando Conjunto. Essas operações são desafiadoras devido às condições adversas da região e à necessidade de proteger áreas de proteção ambiental próximas ao Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense. A atuação coordenada e eficiente foi fundamental para a proteção da biodiversidade e das comunidades locais.

Infraestrutura e Apoio da Base de Apoio Logístico Jaguar

Para apoiar as operações no terreno, o Comando Conjunto Pantanal II opera a Base de Apoio Logístico Jaguar, instalada nas proximidades do km 110 da Rodovia Transpantaneira. A base foi estrategicamente construída para oferecer suporte logístico aos combatentes do fogo, proporcionando um ponto de apoio crucial em uma região onde as distâncias e o difícil acesso representam um grande desafio. A estrutura montada na base é fundamental para a eficácia das operações, garantindo que os brigadistas tenham os recursos necessários para atuar de forma contínua e eficiente.

A Base Jaguar possui uma ampla infraestrutura, incluindo uma sala de situação, posto de rádio, posto médico, cozinha de campanha, depósito e refeitório. Além disso, ela conta com instalações de higiene e alojamento para abrigar até 100 brigadistas do Corpo de Bombeiros Militar (CBM/MT), ICMBio, IBAMA e outras agências envolvidas no combate ao fogo. Essa estrutura permite que as equipes sejam rapidamente mobilizadas e tenham um ponto de apoio para descanso e reabastecimento, fatores essenciais para manter a eficiência das operações em áreas remotas do Pantanal.

A base também serve como um centro de coordenação, onde são tomadas decisões estratégicas e realizados planejamentos de ação. Com a presença de equipamentos de comunicação e uma equipe dedicada, a Base Jaguar é capaz de monitorar as condições no terreno, ajustar as operações conforme necessário e fornecer informações em tempo real às equipes em campo. Sua atuação tem sido essencial para a logística e o sucesso das operações de combate aos incêndios na região.

Impacto e Resultados da Operação Pantanal II

Nos dois meses em que a Operação Pantanal II tem sido conduzida pelas Forças Armadas, os resultados alcançados demonstram o impacto positivo da atuação conjunta no combate aos incêndios que assolam a região. Mais de um milhão de litros de água foram lançados sobre as áreas afetadas, ajudando a controlar e extinguir diversos focos de incêndio. Cerca de 500 militares trabalham diariamente em diferentes frentes, reforçando os esforços em áreas afastadas ou de difícil acesso.

O apoio da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira tem sido crucial para a preservação do Pantanal, um dos biomas mais ricos e frágeis do mundo. A atuação coordenada entre as Forças Armadas e agências civis, como o Corpo de Bombeiros, ICMBio e IBAMA, permitiu uma resposta eficiente e integrada à emergência, salvando vidas e protegendo vastas áreas de vegetação e fauna silvestre. O Comando Conjunto também realizou ações de resgate da fauna, como no caso da anta ferida na reserva de São Francisco do Perigara, evidenciando o compromisso com a proteção da vida em todas as suas formas.

Além do combate direto às chamas, a Operação Pantanal II tem proporcionado suporte vital aos brigadistas em campo. Mais de quatro mil hospedagens foram realizadas e 14 mil refeições servidas, garantindo que os combatentes do fogo tenham as condições necessárias para desempenhar suas funções. A presença constante e a prontidão logística das Forças Armadas são fundamentais para manter a eficiência das operações em uma região conhecida por suas dimensões e características únicas.

A ativação do Comando Operacional Conjunto Pantanal II em 28 de junho, por meio da portaria 3.179, assinada pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, mostrou-se uma decisão estratégica e vital para a proteção do Pantanal. Sob a responsabilidade do General de Exército Baganha, as ações desencadeadas têm sido essenciais para conter os incêndios e preservar um patrimônio natural de importância global. O esforço conjunto e a rápida mobilização de recursos demonstram a capacidade e o compromisso das Forças Armadas em responder a situações de crise e proteger o meio ambiente.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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