A cientista iraniana Fatima Ebrahimi desenvolveu um novo protótipo de motor de fusão que utilizaria os mesmos princípios das explosões solares para impulsionar as naves espaciais até 10 vezes mais rapidamente. Seu possível uso permitiria viajar para Marte e colonizar parte do Sistema Solar em tempo recorde, transformando o homem em uma espécie interplanetária.

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Viagem rápida para Marte

Atualmente, estima-se que uma viagem a Marte pode demorar de cinco a sete meses, uma travessia considerada muito longa. Com a utilização desse novo motor, o tempo seria reduzido de forma considerável, fazendo com que a possibilidade de os seres humanos chegarem ao Planeta Vermelho ou às luas de Júpiter e Saturno seja real.

Motor de fusão nuclear

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No estudo, publicado no Journal of Plasma Physics, Ebrahimi propõe a utilização do princípio de reconexão magnética, um fenômeno que acontece em todo o universo, inclusive na superfícies do Sol. Nele, linhas de campos magnéticos coincidem para se separar de repente e se unir novamente, gerando plasma, produzindo grandes quantidades de energia. Isso poderia representar um enorme avanço em relação aos atuais propulsores, que oferecem pouco impulso e velocidade.

“As viagens de longa distância levam meses ou anos porque o impulso específico dos motores de foguetes químicos é muito baixo, então a nave demora um pouco para ganhar velocidade”, disse Ebrahimi, doutora em física do plasma pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. “Mas se fizermos propulsores com base na reconexão magnética, poderemos concluir missões de longa distância em um período de tempo mais curto”, completou.

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Não é a primeira proposta de motores de plasma para propulsão. Existem alguns que utilizam campos elétricos para expulsar os íons de plasma que usam diferentes combustíveis. Também há motores de íons, como o que a NASA utilizará em sua sonda Deep Space I, que também utiliza campos elétricos para acelerar e expulsar elétrons de gases pesados, como o xenônio.

Fontes: History ChannelDaily Mail e Energy.gov

Imagens: Shutterstock.com, SpaceX, PPPL e ITER

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).