Ao longo da última década, o setor de defesa tem obtido, de modo mais consistente, relevância na pauta das políticas públicas do governo brasileiro. O principal documento norteador deste movimento é a Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada pelo Decreto no 6.703, de 18 de dezembro de 2008, que trouxe nova concepção de defesa para o país. No texto da END, indica-se claramente a importância de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para a defesa nacional. Analogamente, outras políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico e social têm consistentemente elencado o complexo industrial de defesa e aeroespacial como áreas prioritárias, reconhecendo que a capacidade estratégica de defesa de um país está cada vez mais intrinsecamente relacionada a seu potencial de desenvolvimento científico e tecnológico.

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Este texto tem como objetivo apresentar uma discussão sobre CT&I em defesa e levantar algumas questões para debate e aprofundamento futuro sobre o caso do Brasil. Trata-se de um relatório preliminar de um projeto mais amplo que pretende se debruçar sobre algumas questões centrais para o êxito das políticas públicas setoriais de CT&I do país, abordando especialmente aspectos ligados à infraestrutura científica e tecnológica.

O artigo conta com cinco seções, incluindo-se esta introdução. A seção 2 apresenta uma breve revisão de literatura sobre a importância de CT&I para a indústria de defesa. Na seção 3, é apresentado o arcabouço normativo recente do Brasil em relação ao tema. Por sua vez, a seção 4 expõe informações sobre a infraestrutura científica e tecnológica em defesa existente no país e aborda alguns projetos de desenvolvimento de produtos de defesa nacionais em andamento. Por fim, são tecidas algumas considerações finais e apresentadas sugestões para o prosseguimento de pesquisas futuras.

Texto de Flávia de Holanda Schmidt (Técnica de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea).

Leia o artigo completo: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5368/1/Radar_n24_Ciência.pdf

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).