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No dia 16 de setembro, o Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC) deu início à Turma III/2024 do Curso Especial de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (DefNBQR). A aula inaugural, ministrada pelo Contra-Almirante (FN) Roberto Lemos, destacou os desafios e as perspectivas da Marinha do Brasil na área de Defesa NBQR, ressaltando a importância da preparação para cenários complexos e ameaças emergentes.
A estrutura do Curso de Defesa NBQR: Capacitação e Prática
Com uma duração de 13 semanas, o Curso Especial de Defesa NBQR oferece uma combinação de ensinamentos teóricos e práticos que têm como objetivo capacitar militares para atuar em situações de alta complexidade. A carga horária do curso é organizada em módulos que cobrem uma ampla gama de temas relacionados à defesa NBQR, incluindo a identificação de ameaças, medidas de proteção e técnicas de resposta a incidentes envolvendo substâncias nucleares, biológicas, químicas e radiológicas.
Além da teoria, o curso inclui exercícios práticos fundamentais para preparar os alunos para situações reais. A integração dessas atividades, realizadas nas instalações do CIASC, busca simular cenários críticos em que os conhecimentos adquiridos possam ser aplicados em tempo real. Como parte desse treinamento, os participantes também farão visitas técnicas a diversas organizações militares da Marinha e instituições civis especializadas em segurança NBQR, uma oportunidade de conhecer as práticas mais avançadas e de entender o papel que essas entidades desempenham na proteção nacional.
A Turma III/2024 conta com 29 alunos, incluindo oficiais e praças da Marinha do Brasil, além de um militar do Exército do Suriname. A diversidade de formações dos participantes reforça a troca de conhecimentos entre as diferentes Forças e Nações Amigas, ampliando a experiência e a capacidade de atuação em cenários internacionais.
Mulheres no Curso de Defesa NBQR: Presença Feminina em Crescimento
Entre os 29 alunos da Turma III/2024, destacam-se duas militares do quadro feminino, um sinal positivo da crescente inserção de mulheres em áreas operacionais nas Forças Armadas. A presença dessas profissionais demonstra a contínua expansão da representatividade feminina em setores antes dominados por homens, sobretudo em áreas tecnológicas e de defesa de alta complexidade, como o NBQR.
As mulheres nas Forças Armadas têm alcançado marcos importantes, e esse curso reflete mais um avanço nesse sentido. Apesar dos desafios, como o preconceito e a exigência física e emocional das funções, o comprometimento das militares participantes mostra que barreiras estão sendo quebradas. Além disso, essas pioneiras servem como inspiração para outras mulheres que aspiram ocupar posições de destaque nas Forças Armadas e em áreas cruciais para a segurança nacional.
A crescente participação feminina em operações de defesa estratégica, como o NBQR, reforça a importância da inclusão de diferentes perspectivas em questões de segurança. Ao ingressarem em áreas especializadas, as mulheres trazem habilidades únicas que contribuem para o fortalecimento da defesa do Brasil.
A importância da Defesa NBQR na segurança nacional
Em um cenário global marcado por ameaças complexas e imprevisíveis, a capacitação em defesa nuclear, biológica, química e radiológica torna-se essencial para a proteção nacional. As ameaças NBQR não são mais exclusivas de conflitos armados entre nações; hoje, elas podem surgir em incidentes terroristas, desastres naturais ou acidentes industriais, exigindo uma pronta resposta das Forças Armadas.
O papel da Marinha do Brasil nessa área é estratégico. Sua expertise em defesa NBQR é vital para a preparação do país em possíveis crises que envolvam substâncias perigosas. A capacitação de militares por meio do curso do CIASC fortalece a capacidade de resposta da instituição, garantindo que o Brasil esteja preparado para enfrentar uma vasta gama de ameaças, desde ataques terroristas até desastres envolvendo materiais radioativos ou biológicos.
Além da relevância nacional, o curso promove cooperação internacional, como fica evidente na presença de um militar do Exército do Suriname na Turma III/2024. Esse intercâmbio de conhecimentos entre Nações Amigas fortalece as alianças no campo da defesa NBQR, um desafio que transcende fronteiras e requer cooperação global para uma resposta eficaz. A troca de experiências entre os militares brasileiros e estrangeiros enriquece o aprendizado e amplia a capacidade de atuação coletiva em um mundo cada vez mais interconectado e repleto de ameaças transnacionais.
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