Cerimônia na AMAN marca escolha de cursos dos futuros oficiais

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A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) foi palco de um dos momentos mais importantes da trajetória dos futuros oficiais do Exército Brasileiro: a Cerimônia de Escolha de Cursos. No dia 4 de fevereiro de 2025, 368 cadetes, incluindo 15 de nações estrangeiras, definiram suas especialidades entre Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Intendência, Comunicações e Material Bélico. A solenidade simboliza um marco na formação dos militares, que seguirão seus estudos até a conclusão do curso em 2027.

A importância da Cerimônia de Escolha de Cursos na formação militar

A escolha da especialidade representa um divisor de águas na trajetória dos cadetes da AMAN. No 2º ano da formação, esse momento reflete não apenas a vocação de cada militar, mas também seu desempenho acadêmico e físico, uma vez que a escolha é baseada na meritocracia. Quanto melhor a classificação do cadete, maior a possibilidade de optar por sua especialidade desejada.

Durante a cerimônia, os cadetes fazem suas escolhas de forma individual, sendo recepcionados pelos militares mais antigos de cada Arma, Quadro ou Serviço, que os acolhem e introduzem nos primeiros conhecimentos sobre suas futuras funções. Esse ritual fortalece a tradição e reforça o espírito de corpo dentro da AMAN, essencial para a coesão dos futuros líderes da Força Terrestre.

Como destacou o Cadete Prietto, que escolheu o curso de Cavalaria, a cerimônia é um momento carregado de emoção. “A poucos minutos de escolher minha Arma, sinto-me honrado neste momento. A cada marco na formação, amadurecemos muito”, afirmou.

Os cursos oferecidos e suas atribuições dentro do Exército

Os cadetes tiveram à disposição sete especialidades:

  • Infantaria – Considerada a Arma base do Exército, responsável pelo combate aproximado, defesa de território e operações em diferentes ambientes, como selva, montanha e caatinga.
  • Cavalaria – Voltada para o reconhecimento e segurança em operações militares, utilizando viaturas blindadas e mecanizadas para deslocamentos rápidos e ações ofensivas.
  • Artilharia – Responsável pelo apoio de fogo às tropas, utilizando obuseiros, foguetes e sistemas de defesa antiaérea para garantir superioridade no campo de batalha.
  • Engenharia – Atua na construção e destruição de infraestruturas em cenários de combate, além de realizar ações de defesa química, biológica, radiológica e nuclear (DQBRN).
  • Intendência – Gerencia a logística militar, garantindo suprimentos, transporte e infraestrutura para que as tropas operem com eficiência.
  • Comunicações – Mantém e desenvolve sistemas de tecnologia e telecomunicações, garantindo a transmissão segura de informações no campo de batalha.
  • Material Bélico – Atua na manutenção e fornecimento de armamentos, viaturas, munições e equipamentos essenciais para as operações militares.

Cada especialidade desempenha um papel fundamental na estrutura do Exército, e a escolha feita pelos cadetes impactará diretamente suas carreiras, definindo onde e como atuarão ao longo dos próximos anos.

A formação dos oficiais combatentes e o futuro da Turma Marechal Deodoro da Fonseca

A formação dos oficiais combatentes do Exército é um processo rigoroso que se inicia na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas, onde os alunos passam pelo 1º ano do curso. Após essa etapa, seguem para a AMAN, onde realizam mais quatro anos de formação, totalizando cinco anos de preparo militar e acadêmico.

Os cadetes da Turma Marechal Deodoro da Fonseca concluirão sua formação no final de 2027, quando serão declarados Aspirantes a Oficial e distribuídos para unidades do Exército em todo o Brasil. Até lá, seguirão um intenso programa de treinamentos, simulações de combate, estudos estratégicos e aprimoramento físico, técnico e psicológico.

A escolha da especialidade define a trajetória dentro do Exército, influenciando desde as primeiras missões até futuras oportunidades de cursos e progressão na carreira. Essa decisão, tomada ainda na AMAN, será determinante para o desempenho de cada oficial ao longo de seu serviço à pátria.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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