CDRJ faz acordo para compartilhamento de dados oceanográficos e meteorológicos

Boia do SIMCOSTA - Foto do Bruno César
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A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) celebrou, neste mês de dezembro, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com as Universidades Federais de Rio Grande (FURG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), visando o compartilhamento do uso de equipamentos e de informações meteo-oceanográficas de interesse comum, no âmbito dos Portos do Rio de Janeiro e de Niterói.

O intercâmbio de dados ocorrerá entre o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta), sob coordenação da FURG com auxílio local de equipe da UFRJ, e o Subsistema de Monitoramento Ambiental (SMA), parte integrante do VTMIS (sigla inglesa para o Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações), em processo de implementação pela CDRJ nesses portos.

Segundo o Gestor de VTMIS dos Portos do Rio de Janeiro e de Niterói, Marcelo Villas-Bôas, a ideia do acordo surgiu em razão do interesse público e da vantagem econômica decorrentes da implantação integrada dos dois sistemas. “Ambos têm por finalidade aprimorar a consciência situacional marítima, a segurança da navegação e a gestão do tráfego aquaviário, atendendo aos respectivos objetivos institucionais e atribuições legais dos partícipes”, explicou.

Por meio desse ACT, a Autoridade Portuária terá acesso, de forma imediata e confiável, a dados meteorológicos e hidrológicos na Baía da Guanabara devidamente atualizados a cada 30 minutos. À curto prazo, a CDRJ compartilhará, com o SiMCosta, informações de mesma natureza geradas pela boia meteo-oceanográfica do VTMIS, que se pretende fundear nas proximidades da Ilha do Pai.

As informações produzidas pelas boias meteo-oceanográficas do SiMCosta, fundeadas na Baia da Guanabara (RJ-3 e RJ-4), são empregadas como base de dados para o software de calado dinâmico ReDraft®, da empresa Argonáutica Engenharia e Pesquisas, hoje utilizado pelas Praticagens do RJ e de SP para o cálculo da folga sob a quilha dos navios em tempo real. O processo de homologação desse software está em curso no Grupo de Trabalho (GT), sob coordenação da CDRJ, para estudar melhorias na acessibilidade aquaviária e que conta com a participação de representantes da Marinha do Brasil (MB), da Praticagem-RJ, bem como de terminais arrendados do Porto do Rio de Janeiro (ICTSI-Rio, Multi e Triunfo).

O prazo de vigência do ACT é de 36 meses, podendo, por interesse dos partícipes, ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos de modo a alcançar e manter as metas traçadas no Plano de Trabalho.

Saiba mais sobre o SiMCosta (http://www.simcosta.furg.br/).

O SiMCosta é uma rede integrada de plataformas flutuantes ou fixas, dotadas de instrumentos e sensores, com funcionamento autônomo e capacidade de coletar, regularmente, variáveis oceanográficas e meteorológicas, transmitindo-as para uma central de processamento da FURG. O sistema de monitoramento integra a coordenação geral e as equipes locais que realizam pesquisa em seus respectivos ambientes costeiros.

As boias meteo-oceanográficas do SiMCosta, localizadas no Rio de Janeiro, medem as seguintes variáveis meteorológicas: radiação solar, velocidade e direção do vento, temperatura do ar, umidade relativa e pressão atmosférica. No tocante à hidrologia, são medidas: condutividade e temperatura da água, velocidade e direção de correntes, ondas e altura do nível do mar.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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