BRICS 2025: Força Aérea mostra poder com reabastecimento em voo

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No céu do Rio de Janeiro, durante a Cúpula do BRICS 2025, a Força Aérea Brasileira (FAB) demonstrou sua capacidade estratégica com tecnologia de ponta e operações coordenadas. Sob comando do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), caças F-5M armados garantiram a vigilância do espaço aéreo com apoio direto do KC-390 Millennium, que realizou reabastecimento em voo — manobra dominada por poucos países e essencial para manter os vetores de defesa permanentemente operacionais durante o evento.
Capacidade técnica: como funciona o reabastecimento em voo
O reabastecimento em voo é uma das manobras mais complexas da aviação militar. Requer precisão extrema, sincronia entre piloto e operador de carga e condições aerodinâmicas específicas. No BRICS 2025, a FAB utilizou o KC-390 Millennium, aeronave projetada e fabricada no Brasil, como plataforma de abastecimento dos caças F-5M que patrulhavam a área de exclusão aérea estabelecida sobre o Rio de Janeiro.
Essa operação permite que os caças permaneçam em missão por horas seguidas, sem a necessidade de retornar à base. O processo envolve o lançamento de uma mangueira pela aeronave-tanque e o acoplamento da sonda do caça, com transferência de combustível em pleno voo, a velocidades que ultrapassam 500 km/h. A eficiência desse sistema garante resposta imediata e contínua, elemento essencial para garantir a segurança de um evento internacional como o BRICS.
Integração entre as Forças Armadas: defesa conjunta no espaço e no solo
A operação no BRICS 2025 foi exemplo de atuação conjunta e integrada das Forças Armadas. Enquanto os vetores da FAB protegiam o espaço aéreo com patrulhas constantes e interceptações — incluindo um helicóptero não autorizado —, unidades de Defesa Antiaérea do Exército e da Marinha operavam em solo, cobrindo pontos estratégicos da cidade e assegurando a área de exclusão vermelha próxima ao local da cúpula.
Essa sinergia foi possível graças à atuação permanente do COMAE, comando operacional responsável por coordenar a defesa aeroespacial em tempo real. O modelo adotado garante que qualquer ameaça, aérea ou terrestre, seja monitorada, identificada e neutralizada com rapidez e precisão, dentro do arcabouço legal previsto no Decreto nº 12.542/2025, que regula a atuação do SISDABRA em eventos de alta sensibilidade.
Poder dissuasório e soberania: o que o Brasil demonstrou ao mundo
Mais do que uma operação de segurança, a atuação da FAB no BRICS 2025 foi uma demonstração clara de soberania nacional e capacidade de projeção de poder. Ao empregar tecnologia própria, coordenação interforças e um modelo eficiente de comando e controle, o Brasil mostrou ao mundo que tem condições de proteger sua liderança regional e seus ativos estratégicos em solo e no ar.
O uso do KC-390 Millennium, símbolo da indústria de defesa nacional, reforça o comprometimento com a autonomia operacional e o investimento em capacidades que poucos países dominam. Em tempos de tensões globais, garantir o controle total do espaço aéreo durante um evento como o BRICS não é apenas uma questão de segurança: é uma afirmação clara de que o Brasil está pronto para defender seus interesses com tecnologia, disciplina e prontidão militar.
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