Brasil e EUA estreitam laços com exercício militar conjunto

Soldados em treinamento no campo, armados e camuflados.
Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

No sertão de Pernambuco, a preparação para um dos mais relevantes exercícios internacionais do Exército Brasileiro já começou. A 1ª Companhia de Fuzileiros foi submetida a treinamentos intensivos durante a Operação Carcará II, realizada pela 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Araçoiaba. O objetivo: alinhar táticas e procedimentos com os dos Estados Unidos, em preparação para a Operação CORE 2025, que reunirá tropas dos dois países em um cenário de combate realista no bioma Caatinga.

Capacitação tática e foco na tropa

Durante a Operação Carcará II, ocorrida entre 5 e 9 de maio, os fuzileiros da 1ª Companhia participaram de atividades que simularam as exigências operacionais do cenário da CORE. Sob a coordenação do 14º Batalhão de Infantaria Motorizado, foram realizadas oficinas de marcha operacional, tiro avançado, conduta em combate, primeiros socorros, orientação diurna e noturna, além de coleta e análise de informações em campo.

A missão preparatória não apenas testou a resistência e disciplina dos combatentes, mas também funcionou como um laboratório de liderança. “Esta operação está me dando a oportunidade de conhecer melhor meus subordinados, que irão trabalhar comigo durante este ano, principalmente na Operação CORE 25”, declarou o 3º Sargento De França, do 2º Pelotão de Fuzileiros. A prática intensa eleva o padrão de prontidão e fortalece o entrosamento da tropa, condições fundamentais para o êxito em missões conjuntas.

Interoperabilidade e doutrina compartilhada

A Operação CORE (Combined Operations and Rotation Exercises) é um marco na cooperação entre o Exército Brasileiro e o Exército dos Estados Unidos. Sua essência é promover a interoperabilidade por meio do compartilhamento de técnicas, táticas e procedimentos padronizados. A edição de 2025 será realizada entre os dias 1º e 14 de novembro, nas cidades de Petrolina e Lagoa Grande, em Pernambuco, tendo como pano de fundo o bioma Caatinga, ambiente que exige adaptação e resiliência.

O intercâmbio permite que os militares brasileiros assimilem práticas consagradas do Exército norte-americano, ao mesmo tempo em que demonstram sua expertise em operações em terrenos semiáridos e tropicais. Essa integração fortalece o entendimento mútuo, a fluidez nas comunicações e a eficácia em operações de apoio à paz, combate irregular e assistência humanitária.

Estratégia de defesa e relações internacionais

Mais do que um treinamento, a CORE 2025 representa um movimento estratégico do Brasil no campo da Defesa Internacional. Ao estreitar laços com os Estados Unidos, o país reforça sua posição como parceiro confiável no Hemisfério Ocidental, apto a contribuir em missões multinacionais sob mandatos da ONU ou em acordos bilaterais.

Além disso, o exercício demonstra o compromisso do Exército Brasileiro com a modernização doutrinária e tecnológica, ampliando sua capacidade de resposta rápida e eficaz. Participar de operações combinadas com potências militares como os EUA também oferece ganhos institucionais, como o aprimoramento da logística, do comando e controle, e da formação de lideranças com visão internacional.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).