A 3ª edição do Diálogo das Indústrias de Defesa Brasil e Estados Unidos ocorreu, na segunda- feira (1º/04), na Escola de Guerra Naval (EGN), no Rio de Janeiro (RJ). Cerca de 200 participantes conversaram sobre o andamento de acordos que estão sendo desenvolvidos pelos dois países e tiveram a possibilidade de identificar oportunidades comerciais. Estavam presentes representantes diplomáticos de estados, presidentes de empresas e representantes de indústrias nacionais e estrangeiras, entre outras autoridades militares e civis.
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“Eu creio ser de extrema importância que os nossos países estejam cada vez mais sintonizados em cooperação em matérias de Defesa. Mais especificamente no fomento ao desenvolvimento de nossas bases científicas, tecnológicas e industriais de Defesa, ressaltou o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut, no início do encontro.
Na ocasião, os participantes debateram sobre uma série de acordos bilaterais que permitirão novas oportunidades de relacionamento comercial e o desenvolvimento da indústria nacional brasileira.
O encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos, William Popp, declarou que a realização do diálogo é “um momento importante na visita bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos” e um exemplo de maior aproximação “entre os governos e os setores privados”.
“Temos a oportunidade de ter terceira edição do diálogo e aprofundar os vínculos entre as companhias e avaliar como os governos podem facilitar ainda mais os negócios entre o Brasil e os Estados Unidos no setor de defesa”, avaliou o encarregado da embaixada americana.
O acordo de salvaguardas tecnológicas assinado, em março deste ano, pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, foi um dos pontos debatidos no encontro. Se aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro, o acordo na área aeroespacial prevê a possibilidade da exploração econômica do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
Entre as tratativas em andamento, os dois países almejam desenvolver um projeto em comum que possibilitará a inserção de empresas e geração de empregos ao Brasil com oportunidade de desenvolvimento tecnológico.
No encerramento, o secretário de Produtos de Defesa, Marcos Degaut, anunciou a decisão de os dois países realizarem mensalmente reuniões bilaterais para aumentar a integração entre o Brasil e os Estados Unidos.
A primeira edição do Diálogo das Indústrias de Defesa Brasil e Estados Unidos da América ocorreu, em 2016, para estabelecer um fórum de discussão que aprofundasse as prioridades de longo prazo e institucionalizasse a cooperação entre os dois países em matéria de defesa. O segundo encontro foi realizado em Washington, em 2017.
Grupos de trabalho
No contexto do Diálogo das Indústrias de Defesa Brasil – Estados Unidos, foram criados grupo de trabalho com intuito de desenvolver possíveis parcerias nas áreas: comercial: visando fomentar oportunidades de negócios entre empresas, com troca de informações sobre as indústrias e suas capacidades de ambos os países. Binacional: objetiva selecionar programas governamentais, levantando as necessidades e objetivos dos dois países, discutir cronogramas e domínio de tecnologia, envolvendo indústria.
Espacial: aproveitar os conhecimentos da indústria para defender os benefícios de acelerar o acordo de salvaguardas tecnológicas, identificar oportunidades comerciais e/ ou impedimentos.
Política: identificar obstáculos à política regulatória e industrial para o avanço das oportunidades comerciais. O ingresso nos Grupos de Trabalho é aberto à indústria de defesa. As empresas podem solicitar a inclusão à Associação Brasileira de Indústrias de Materiais de Defesas e Segurança (Abimde).
Por Lane Barreto
Fotos: Alexandre Manfrim/ MD