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Em momentos de emergência, cada segundo pode ser a diferença entre a vida e a morte. Agora, graças à adoção da tecnologia Advanced Mobile Location (AML) no Brasil, localizar com precisão quem precisa de ajuda tornou-se mais rápido e eficiente. O novo recurso, lançado pela Anatel em parceria com operadoras de telefonia e sistemas operacionais Android e iOS, utiliza dados de GPS, Wi-Fi e sensores dos smartphones para garantir um atendimento mais ágil e assertivo em chamadas para serviços como 190, 192 e 193.
Como funciona a tecnologia AML no Brasil
A tecnologia Advanced Mobile Location (AML) representa um avanço significativo no suporte às chamadas de emergência. Ao realizar uma ligação para números como 190 (polícia), 192 (serviço médico) e 193 (bombeiros), os dispositivos móveis com sistemas Android (versão 5.0 ou superior) e iOS (versão 18.2 ou superior) enviam automaticamente a localização exata do usuário.
Diferente do método tradicional, que dependia apenas de sinais de torres de celular, o AML utiliza uma combinação mais robusta de GPS, redes Wi-Fi, torres de telefonia e sensores integrados ao dispositivo móvel. Isso proporciona uma precisão muito maior, mesmo em locais onde o sinal de rede é fraco ou instável.
Além disso, mesmo em áreas com cobertura limitada, o sistema consegue transmitir as informações por meio de SMS, garantindo que mesmo regiões rurais e isoladas sejam beneficiadas pela tecnologia. Esse avanço reduz significativamente o tempo de resposta das equipes de socorro, otimizando recursos e aumentando as chances de salvar vidas.
Parcerias e esforços para a implementação do AML
A implementação do AML no Brasil é resultado de um esforço colaborativo entre Anatel, operadoras de telefonia, desenvolvedores de sistemas operacionais móveis e órgãos de emergência. O trabalho foi conduzido no âmbito do SGT-LOC, um subgrupo do Grupo Técnico de Suporte à Segurança Pública (GT-Seg), com o objetivo de integrar tecnologia de ponta às operações de resgate e segurança.
Em outros países, como Reino Unido, Áustria e Nova Zelândia, o AML já demonstrou sua eficácia na redução do tempo de resposta das equipes de emergência. Com base nessas experiências, o Brasil adaptou o sistema para atender às necessidades específicas do território nacional.
Carlos Baigorri, presidente da Anatel, destacou que a tecnologia reflete um compromisso com a sociedade brasileira: “Cada segundo conta em uma emergência, e o AML é mais uma ferramenta para garantir que vidas sejam salvas com mais rapidez e precisão.”
Segurança e privacidade na utilização do AML
Um ponto crucial para a adoção do AML no Brasil foi a garantia de segurança e privacidade dos dados compartilhados. As informações de localização são enviadas apenas durante chamadas de emergência e não são armazenadas pelos sistemas operacionais, pelas operadoras ou pelos serviços de emergência após o encerramento da ligação.
O sistema foi projetado para funcionar de maneira automática, sem exigir qualquer ação do usuário ou a instalação de aplicativos adicionais. Essa abordagem simplifica o uso e evita riscos relacionados a falhas humanas.
Além disso, há mecanismos para garantir que as informações não sejam acessadas fora do contexto das chamadas de emergência. Isso fortalece a confiança dos usuários e assegura que a ferramenta seja utilizada exclusivamente para salvar vidas.
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