BNDES PREPARA ESTUDO PARA RETOMADA DA USINA NUCLEAR ANGRA 3 COM LICITAÇÃO PREVISTA PARA 2025

A conclusão e operação da usina nuclear estão programadas para 2030, marcando um importante avanço na matriz energética brasileira.

Governo Federal

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está finalizando um estudo independente que será entregue em julho deste ano, sinalizando um passo crucial para a retomada da construção da Usina Nuclear Angra 3 em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Em uma entrevista recente, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, destacou a importância desse estudo, que aborda a modelagem econômico-financeira, a orçamentação e aspectos jurídicos do projeto.

Consultas Públicas e Preparativos para Licitação

Desde 21 de março, uma consulta pública está aberta para a estruturação do processo de licitação, incluindo a elaboração de uma minuta do edital e do contrato de serviços de engenharia, gestão de compras e construção. Essa etapa preliminar visa apurar ajustes necessários e receber feedbacks que possam aperfeiçoar o processo. Após a validação da documentação pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE), espera-se que a licitação pública ocorra até o final do primeiro semestre de 2025, com a retomada das obras prevista ainda para o segundo semestre deste ano.

Investimentos e Impacto Econômico

A Eletronuclear já investiu cerca de R$ 7,8 bilhões em Angra 3, e estima-se que serão necessários mais R$ 20 bilhões para completar o projeto, que deve começar a operar até 2030. A usina não apenas contribuirá significativamente para a matriz energética do país, mas também gerará emprego e renda, crucial para o desenvolvimento regional.

Situação Atual do Projeto

Segundo Lycurgo, aproximadamente 65% do projeto já está concluído, incluindo a aquisição de cerca de 11,5 mil equipamentos. A complexidade da construção de uma usina nuclear reside nos equipamentos de alta tecnologia que, por vezes, levam até três anos entre a compra e a entrega. Mesmo com paralisações anteriores nas obras civis, o projeto não foi completamente interrompido, pois a preparação dos equipamentos continuou.

Foco Atual e Perspectivas Futuras

O foco imediato da Eletronuclear é a conclusão de Angra 3. Enquanto há discussões sobre a construção de novas usinas nucleares no Brasil, o compromisso atual é de finalizar Angra 3 devido aos custos já investidos e ao potencial de perdas se o projeto não for concluído. Além disso, a Eletronuclear enfrenta o desafio de administrar os custos de financiamentos e a manutenção de equipamentos já adquiridos.

Com informações da Agência Brasil

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).
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