Base Industrial de Defesa: O papel estratégico no desenvolvimento do país

Imagem: Portal BIDS

A Base Industrial de Defesa (BID) não apenas garante a segurança do país, mas também fortalece a economia e incentiva a inovação. Com R$ 18,6 milhões gerados para cada R$ 10 milhões investidos, a BID tem sua atuação nas áreas cibernética, espacial e nuclear, atuando como motor de crescimento econômico. Com políticas públicas que favorecem a competitividade, o Brasil solidifica sua posição como exportador de produtos de defesa de alta tecnologia.

O Papel Econômico e Tecnológico da Base Industrial de Defesa

A Base Industrial de Defesa exerce um papel fundamental na economia brasileira, contribuindo com aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e sendo uma importante geradora de empregos qualificados no país. Estima-se que para cada R$ 10 milhões investidos no setor, resultem em cerca de R$ 18,6 milhões em retornos diretos e indiretos, além de viabilizar a criação de 132 postos de trabalho em áreas que vão desde a engenharia de ponta até o suporte logístico. Esses investimentos impulsionam o desenvolvimento de tecnologias de alto valor agregado, que frequentemente geram efeitos positivos em outros setores da economia nacional, incentivando a inovação e a competitividade do Brasil no mercado internacional. Com exportações anuais superiores a US$ 3,5 bilhões, a BID coloca o país em posição de destaque no cenário global, fornecendo equipamentos e soluções para clientes estrangeiros e consolidando sua presença internacional.

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Políticas e Estratégias para Fortalecimento da BID

O fortalecimento da BID está intrinsecamente ligado a políticas públicas estratégicas, como a Política Nacional de Defesa (PND) e a Estratégia Nacional de Defesa (END). Desde sua criação em 2005, a BID passou a ser integrada ao planejamento da defesa nacional, reconhecendo-a como essencial para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Esse planejamento foi ampliado com o Livro Branco de Defesa Nacional e o Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que estabelecem as prioridades das Forças Armadas para assegurar a proteção do território nacional e da população. Além disso, a Lei nº 12.598/2012 instituiu o Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID), oferecendo incentivos fiscais para empresas estratégicas de defesa, estimulando o crescimento e a competitividade dessas empresas no mercado nacional e internacional. Com essas políticas, o Brasil busca aumentar sua autonomia e consolidar-se como um ator global em tecnologias avançadas de defesa.

Expansão e Integração do Setor de Defesa e Segurança

Em 2022, a Política Nacional da Base Industrial de Defesa (PNBID) ampliou o conceito da BID, integrando também o setor de segurança e criando a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS). Essa integração reflete a crescente convergência entre as demandas de defesa e segurança, setores que compartilham a necessidade de tecnologias avançadas e de inovação constante. A BIDS foca em áreas estratégicas como os setores cibernético, espacial e nuclear, vistos como cruciais para o futuro da soberania nacional e para a capacidade de resposta a ameaças externas e internas. A formação de parcerias com centros de pesquisa e universidades, bem como o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias duais — que podem ser usadas tanto no setor civil quanto militar —, são pontos-chave para a expansão do setor. A BID/BIDS continua, assim, a consolidar o papel do Brasil como um polo de inovação e desenvolvimento estratégico, com potencial para ampliar sua participação em mercados globais e fortalecer a economia nacional.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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