UnionPay - Masaru Kamikura

Num primeiro momento, os bancos russos foram desligados do SWIFT, um canal de comunicação e padronização das transações financeiras. Esse desligamento teve o objetivo de impedir que os bancos russos tenham acesso a qualquer dinheiro do exterior, enfraquecendo assim, o poder econômico dela em guerra.

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Agora a VISA e Mastercard também anunciaram sua saída do mercado russo por não compactuar com as ações russas na Ucrânia. Mas um fato tem passado despercebido; esse hiato das empresas do ocidente estão sendo prontamente preenchidas pelas empresas chinesas, e há um risco de se criar uma “bifurcação” da economia, jogando um grande poder econômico no colo dos chineses.

A China a alguns anos planeja um concorrente ao SWIFT, chamado CIPS. Criada em 2015, ela foi idealizada como uma forma de não realizar transações internacionais utilizando o dólar, e assim priorizando o yuan. Mas ainda não tem como o CIPS substituir totalmente o SWIFT por não ter liquidez. Mas a adesão russa ao CIPS já daria uma trégua para a economia respirar.

Outra ação emergencial para cobrir o mercado financeiro russo foi anunciado hoje pelo Banco Central, com a adesão dos bancos ao sistema UnionPay, principal bandeira de cartões chinesa, aceita em mais de 180 países e tirando a barreira atual dos russos no exterior em utilizar o rublo, moeda russa.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).