Ao longo de 77 anos de história, completados no dia 22 de abril, a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) traz em sua trajetória uma extensa jornada que ganha mais um capítulo com a chegada, em 2022, das primeiras aeronaves F-39 Gripen ao País. Com a junção de um dos mais modernos aviões de caça do mundo com os inteligentes mísseis IRIS-T e Meteor, a FAB passa a ter um sistema de defesa game changer nunca visto antes, isto é, um divisor de águas, pois vai aumentar o poder de dissuasão e oferecer inquestionável superioridade aérea para os pilotos na defesa do território nacional.
Para a utilização do F-39 Gripen, a FAB realizará treinamento na BaseAérea de Anápolis (BAAN), durante os quais os militares passarão por uma familiarização das atividades em solo, para que estejam prontos para operar os Gripen assim que a certificação militar for concluída. Essa fase vai permitir que a Força Aérea inicie a avaliação operacional, importante etapa para os voos de emprego real dos caças. A expectativa é que, quando as aeronaves estiverem em Anápolis, a capacidade operacional inicial esteja concluída. “Muitos foram aqueles que, com trabalho e esforço, acreditaram no Programa Gripen, um contrato que se iniciou em 2014, após processo de desenvolvimento de sete anos, e, em breve, essas aeronaves estarão chegando em nosso País”, destacou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.
A aeronave, que é desenvolvida pela Saab, empresa sueca de defesa e segurança, foi encomendada para a renovação da frota de combate brasileira. Ela possui armas para todos os tipos de ações, a exemplo dos mísseis de longo alcance ar-ar.
Novos mísseis: Iris-T e Meteor
Aviação de caça
A formação do piloto de caça da Força Aérea Brasileira começa na Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), onde o cadete recebe diversas instruções durante quatro anos, entre elas as de pilotagem nas aeronaves de treinamento T-25 Universal e T-27 Tucano.
Em seguida, são direcionados para o Esquadrão Joker (2°/5° GAV), também em Parnamirim (RN), para receberem instruções no Curso deEspecialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA). É nesta etapa que eles aprendem a operar o A-29 Super Tucano. Com a conclusão do CEO-CA, os Oficiais se tornam pilotos de combate e prosseguem para os esquadrões localizados em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS). Nesse período, além de defenderem o espaço aéreo brasileiro e as fronteiras do País, recebem instruções importantes de Liderança de Elemento, Esquadrilha e Esquadrão, podendo, na sequência, ser transferidos para os Esquadrões de primeira linha, localizados em Anápolis (GO), Santa Cruz (RJ), Santa Maria (RS) e Canoas (RS), onde irão operar as aeronaves F-5M, A-1M e, futuramente, o F-39 Gripen.
Atualmente, esses militares atuam nos Esquadrões Joker (2°/5° GAV), localizado em Parnamirim (RN); Jaguar (1° GDA), em Anápolis (GO); Jambock e Pif-Paf (1° GAVCA), no Rio de Janeiro (RJ); Poker (1°/10° GAV) e Centauro (3°/10° GAV), em Santa Maria (RS); Pampa (1°/14° GAV), em Canoas (RS); Escorpião (1°/3° GAV), em Boa Vista (RR); Grifo (2º/3º GAV), em PortoVelho (RO); e Flecha (3º/3º GAV), em Campo Grande (MS).
Histórico
O Dia da Aviação de Caça relembra o esforço e a audácia dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) – Esquadrão Jambock, que, no auge da Segunda Guerra Mundial, a bordo dos caças P-47 Thunderbolt, cumpriam missões de combate contra alvos no norte da Itália.