Na entrada do Zoológico de Brasília, a alguns metros do portão, o busto de um militar do Exército Brasileiro faz homenagem silenciosa a um ato de coragem. No dia 27 de agosto de 1977, enquanto passeava com a família, o Sargento Sílvio Delmar Holenbach viu uma criança cair no fosso das ariranhas e entrou no local para salvá-la. Infelizmente, o militar não resistiu às mordidas que levou e morreu três dias depois.

No mesmo local, a bravura do sargento foi lembrada em cerimônia no dia 14 de novembro de 2018, promovida pela turma formada na Escola de Sargentos das Armas (ESA) em 1977, que foi batizada com o nome do militar. O grupo está na reserva e realizou uma série de eventos em Brasília, em referência ao aniversário de formatura. “Nós estamos muito gratos por podermos prestar essa homenagem, é algo que estava no nosso coração. Percebemos que o que motivou o sargento foi o instinto de pai e protetor dele. Hoje, numa época em que os valores estão sendo dissolvidos por toda parte, nós queremos resgatar o exemplo que ele deu”, afirmou o organizador do evento, Capitão R/1 Gilberto da Silva Guimarães.

Um dos filhos do sargento, Paulo Henrique Hollenbach, participou da homenagem. “Eu achei muito importante. Acredito que não se deve esquecer o gesto que foi feito e, com o tempo, as coisas tendem a ser esquecidas. Eu me senti muito honrado de ter sido convidado”, afirmou. Para o Diretor-Presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Gerson de Oliveira Norberto, o evento foi uma celebração de amizade, gratidão e bravura. “A Fundação fica muito honrada de, depois dessa tragédia que aconteceu, poder hoje vibrar com tanta emoção positiva, com tanta coisa boa”, ressaltou.

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Já o Comandante da 11ª Região Militar, General de Brigada João Denison Maia Correia, lembrou que morava em Brasília na época do acidente e parabenizou a turma da ESA de 1977 pela iniciativa. “Foi muito marcante para a família militar. Se nós juramos defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, essa reação do sargento mostrou o quanto ele estava disposto a isso, enfrentando um risco muito grande para salvar a vida de uma criança”, disse.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).