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PEM Nordeste: Brasil planeja futuro do mar com sustentabilidade

Palestra sobre Planejamento Espacial Marinho, Comando Naval.
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O mar brasileiro, tão vasto quanto vital, ganhou novas coordenadas com o lançamento do PEM Nordeste. Coordenado pela Marinha do Brasil e pelo Ministério do Meio Ambiente, o plano reúne 13 universidades e diversos setores da sociedade para garantir que o oceano siga como fonte de vida, renda e equilíbrio ambiental. O conceito de economia azul ganha forma em ações concretas que conciliam desenvolvimento e sustentabilidade.

Como funciona o Planejamento Espacial Marinho (PEM) na prática

O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é uma política pública de ordenamento do uso do mar, baseada em evidências científicas e construída de forma colaborativa. Na prática, o PEM mapeia todas as atividades humanas realizadas na zona costeira e marítima — como pesca, turismo, transporte aquaviário, exploração de petróleo e conservação ambiental — e propõe uma organização territorial que minimize os conflitos e maximize os benefícios sociais, econômicos e ambientais.

No caso do PEM Nordeste, o plano contempla todo o litoral da região, promovendo reuniões com comunidades locais, levantamentos técnicos e análises socioambientais. Um dos grandes diferenciais é a atuação integrada de 13 universidades e centros de pesquisa, que garantem a robustez dos dados utilizados e a pluralidade das propostas. O objetivo é entregar um modelo participativo e adaptável de gestão costeira e marinha, que possa servir de referência para outras regiões do país.

Economia azul e os múltiplos usos do mar: conflitos e soluções

A iniciativa dialoga diretamente com o conceito de economia azul, que defende o uso inteligente dos recursos marinhos, promovendo desenvolvimento sustentável sem comprometer os ecossistemas. No entanto, o caminho não é simples: o PEM precisa lidar com sobreposições de interesses, como as áreas de pesca artesanal que disputam espaço com a pesca industrial ou o turismo que pode entrar em rota de colisão com zonas de conservação ambiental.

Por isso, o plano adota a lógica da governança integrada, onde cada setor — do pescador ao surfista, do hoteleiro ao ambientalista — tem voz nas decisões. O PEM também prevê ações para administrar conflitos, promover a justiça social e garantir que o mar continue sendo fonte de vida e renda para milhares de brasileiros. A proposta é promover diálogo constante, equilibrando tradição e inovação na ocupação do nosso litoral.

O papel estratégico da Marinha do Brasil e do MMA no PEM Nordeste

A Marinha do Brasil, já reconhecida pela proteção do espaço marítimo nacional, assume uma posição central no PEM como responsável por garantir a segurança do tráfego aquaviário, proteger atividades estratégicas e promover a soberania nacional sobre os recursos da Amazônia Azul. O 3º Distrito Naval, sediado em Natal, foi o anfitrião do evento de lançamento, destacando a importância do Nordeste nesse novo ciclo de planejamento marinho.

Já o Ministério do Meio Ambiente atua como articulador das políticas públicas ambientais, assegurando que os objetivos do PEM estejam alinhados com critérios de sustentabilidade, preservação da biodiversidade e justiça climática. Juntos, Marinha e MMA lideram o processo com o desafio de equilibrar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental, pavimentando um novo futuro para o mar brasileiro.

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