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Peacekeepers brasileiros são lembrados em data mundial

Soldado da ONU cumprimenta crianças felizes na rua.
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A cada 29 de maio, o silêncio dos que partiram ecoa alto entre os que ficaram. O Dia Internacional dos Peacekeepers da ONU é mais do que uma comemoração – é um momento de reverência. O Exército Brasileiro, que já enviou mais de 45 mil militares ao exterior, honra o legado de seus capacetes azuis, que enfrentaram a instabilidade e o risco para proteger vidas e reconstruir nações. Um gesto de coragem que atravessa gerações e fortalece o papel do Brasil no cenário global.

Contribuição Técnica do Brasil nas Missões da ONU

Soldados brasileiros marcham diante da bandeira nacional.

A atuação do Exército Brasileiro nas operações de paz da ONU é sustentada por uma estrutura logística e doutrinária sólida. O país dispõe do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), referência internacional na capacitação de militares, policiais e civis para atuar sob a égide das Nações Unidas. A instituição desenvolve simulações em ambiente interagências e treina suas tropas para lidar com os desafios multiculturais dos cenários pós-conflito.

A experiência acumulada em missões como a MINUSTAH no Haiti e a MONUSCO na República Democrática do Congo garantiu ao Brasil um lugar de destaque entre os principais provedores de contingentes da América Latina. A preparação dos militares brasileiros inclui treinamento específico em direitos humanos, mediação de conflitos e proteção de civis, características valorizadas pelas Nações Unidas e que reforçam a confiança na tropa brasileira.

Impacto Social das Missões na Vida dos Militares e das Comunidades

Capacete azul da ONU em desfile militar.

Participar de uma missão de paz é uma experiência transformadora para os militares brasileiros. Muitos relatam o amadurecimento profissional e pessoal proporcionado pelo contato com realidades extremas, onde a ausência de infraestrutura, segurança e dignidade desafia a própria missão do soldado. Além de atuar como agentes de estabilização, os capacetes azuis levam solidariedade, educação e apoio humanitário a comunidades inteiras.

O impacto também é sentido no retorno ao Brasil. A convivência com outras culturas, a superação de adversidades e a experiência de liderar ações de reconstrução contribuem para a formação de líderes mais preparados e sensíveis às complexidades sociais. As missões também fortalecem os laços entre o Exército e a sociedade civil internacional, demonstrando a vocação pacífica e cooperativa do Brasil.

O Papel Geopolítico do Brasil nas Operações de Paz da ONU

Capacetes azuis em missão de patrulha com viaturas.

A presença do Brasil em 42 das 71 operações de paz da ONU ao longo da história demonstra não apenas um compromisso operacional, mas também uma estratégia diplomática consistente. Ao participar de missões em cinco continentes, o país projeta valores como direitos humanos, diálogo internacional e respeito à soberania – pilares da política externa brasileira.

Liderar a missão no Haiti por mais de uma década alçou o Brasil ao protagonismo dentro da ONU. O reconhecimento internacional fortaleceu a candidatura do país a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, pauta histórica da diplomacia brasileira. A atuação em missões como UNIFIL (Líbano), MINUSCA (República Centro-Africana) e UNMISS (Sudão do Sul) confirma o engajamento contínuo e qualificado do Brasil na construção da paz global.

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