Operação de resgate da Marinha salva brasileira no mercante Atlantic Zonda

A madrugada começou com uma missão de alta complexidade para a Marinha do Brasil. A Fragata Independência deixou a Base Naval do Rio de Janeiro com uma missão clara: resgatar uma tripulante brasileira do navio mercante Atlantic Zonda, em águas internacionais. A bordo, um helicóptero e uma equipe médica preparada para enfrentar o desafio de salvar uma vida a 1.200 km da costa brasileira.

A operação de resgate

Na manhã do dia 20 de novembro, o Salvamar Brasil foi acionado para uma emergência a bordo do navio mercante Atlantic Zonda, com bandeira da Libéria. Uma tripulante brasileira apresentava sintomas de um possível AVC, exigindo uma evacuação aeromédica urgente. A Fragata Independência, atracada na Base Naval do Rio de Janeiro, partiu poucas horas depois, equipada com helicóptero e equipe médica.

Após navegar por centenas de quilômetros em mar aberto, o resgate ocorreu com o apoio aéreo, crucial em situações de difícil acesso. A tripulante foi retirada do navio e transportada com segurança para a enfermaria da Fragata. Sob monitoramento constante, a paciente estável iniciou o retorno ao Rio de Janeiro, onde será encaminhada a um hospital especializado.

A importância do Salvamar Brasil

O sucesso da operação demonstra a eficiência do Salvamar Brasil, o Serviço de Busca e Salvamento Marítimo operado pela Marinha do Brasil. Responsável por uma área de 14,5 milhões de km², o sistema cobre tanto a costa brasileira quanto águas internacionais. Disponível 24 horas por dia, o Salvamar Brasil utiliza tecnologia avançada, como o Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (GMDSS), além de uma rede integrada de comunicação e logística.

Desde a coordenação de operações a bordo até a mobilização de navios e aeronaves, o sistema é fundamental para salvar vidas e proteger a “Amazônia Azul”. Casos como o da tripulante do Atlantic Zonda ilustram o compromisso da Marinha em oferecer socorro imediato, independentemente da complexidade da situação.

Aspectos humanos e estratégicos do resgate

Cada missão de resgate no mar carrega não apenas desafios técnicos, mas também um impacto humano significativo. Para a tripulante Priscila e sua família, a prontidão da Marinha foi determinante para preservar sua vida. A bordo da Fragata Independência, a equipe médica atuou com precisão e empatia, estabilizando a paciente enquanto a embarcação se dirigia ao Rio de Janeiro.

Além do aspecto humano, a operação destaca a relevância estratégica da Marinha na proteção das águas brasileiras e no suporte à segurança marítima global. A atuação em resgates de longa distância reforça o papel do Brasil como uma referência na gestão da “Amazônia Azul” e na preservação de vidas no mar.