Marinha completa quatro meses de apoio no combate aos incêndios no Pantanal

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Completando quatro meses de apoio contínuo aos órgãos de combate ao fogo, a Marinha do Brasil tem intensificado suas ações no Pantanal, utilizando helicópteros, navios e veículos para controlar os incêndios. A operação envolve, além do combate direto às chamas, o transporte de mantimentos e a abertura de aceiros para proteger a fauna e flora locais.

Ação integrada no combate aos incêndios do Pantanal

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Foto: Marinha do Brasil

Desde a ativação do Comando Operacional Conjunto Pantanal II, em 27 de junho de 2024, por meio da portaria assinada pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, as Forças Armadas têm atuado de maneira coordenada para enfrentar os incêndios no Pantanal. Sob a liderança do General de Exército Baganha, o Comando Conjunto une esforços da Marinha, Exército, Aeronáutica e órgãos estaduais, como o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de órgãos ambientais como o Prevfogo-Ibama e o ICMBio.

A colaboração entre as forças federais e locais tem sido essencial para garantir uma resposta rápida e eficiente ao avanço das chamas, que ameaçam uma das regiões de maior biodiversidade do mundo. A integração das ações entre as diversas entidades envolvidas permitiu que o combate aos incêndios fosse mais organizado e estratégico, minimizando os danos à flora, fauna e à população local. Esses esforços foram fundamentais para manter o controle sobre as áreas mais afetadas e para prolongar a presença de brigadistas nas zonas de risco.

Emprego de meios navais e aéreos pela Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil tem desempenhado um papel crucial na contenção dos incêndios, empregando uma série de recursos navais, aeronavais e terrestres. Entre os destaques está o uso de helicópteros UH-12 “Esquilo”, que, por meio de equipamentos como o bambi bucket, despejaram milhares de litros de água sobre os focos de incêndio. Nos dias 2 e 3 de outubro, na região do Morro da Antena, uma das áreas mais críticas, foram despejados 2.520 litros de água, ajudando a controlar o avanço das chamas.

Além das aeronaves, a Marinha empregou 13 navios e embarcações, como o Navio-Transporte Fluvial “Almirante Leverger” e os Navios-Patrulha “Penedo”, “Poti” e “Pirajá”, que têm sido essenciais para o transporte de equipamentos e brigadistas em áreas de difícil acesso. A Agência Escola Flutuante “Esperança do Pantanal” também tem se destacado no transporte de materiais, como mantimentos, combustível e cestas básicas, permitindo que as equipes de combate ao fogo possam se manter operacionais em regiões remotas, como nas proximidades da Barra de São Lourenço, na divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Desafios e importância do apoio logístico no Pantanal

Um dos maiores desafios enfrentados pelas forças de combate aos incêndios no Pantanal é a logística necessária para manter as operações em áreas remotas e de difícil acesso. A Marinha tem desempenhado um papel vital nesse aspecto, especialmente no transporte de materiais essenciais. A Agência Escola Flutuante “Esperança do Pantanal”, por exemplo, transportou recentemente 1,5 mil litros de combustível, material de higiene e alimentação, permitindo que as brigadas de combate ao fogo prolongassem suas atividades na região. Esse apoio logístico garante que os recursos necessários cheguem a tempo e em quantidade suficiente para que as equipes possam continuar suas missões.

Além do transporte de suprimentos, a Marinha também tem atuado na abertura de aceiros, uma técnica essencial para conter a propagação das chamas. Na região de Ladário, a cerca de 30 km do centro da cidade, os Fuzileiros Navais, a pedido do Prevfogo-Ibama, estão abrindo 10 quilômetros de aceiro, criando uma barreira física que impede o avanço do fogo para outras áreas preservadas. Essa iniciativa tem sido fundamental para proteger a fauna e a flora do Pantanal, uma das regiões de maior valor ecológico e econômico do Brasil.

Com o apoio contínuo da Marinha e das demais Forças Armadas, o combate aos incêndios no Pantanal tem mostrado resultados importantes, mas o desafio permanece. A vasta área afetada e as condições climáticas adversas, como a seca prolongada, exigem uma resposta rápida e coordenada. As ações das Forças Armadas continuarão a ser um pilar fundamental na proteção dessa região tão vital para o Brasil e o mundo.

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