Marinha assume guarda do Monumento aos Mortos da 2ª Guerra

Cerimônia militar com soldados uniformizados.
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No coração do Rio de Janeiro, à beira da Baía de Guanabara, um marco de reverência à história militar brasileira ganha novo guardião: a Marinha do Brasil. A solenidade de rendição de guarda do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, realizada pelo 1º Distrito Naval, marcou a passagem oficial das funções ao Corpo de Fuzileiros Navais. A mudança reforça o elo das Forças Armadas com o passado heroico da FEB e dos marinheiros que tombaram em defesa da liberdade.

A missão dos Fuzileiros Navais na guarda do Monumento

A responsabilidade pela guarda do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM) foi oficialmente transferida ao 1º Batalhão de Operações Litorâneas, unidade de elite da Marinha do Brasil. A partir de agora, caberá aos Fuzileiros Navais a execução das honras militares, a vigilância contínua e a preservação da ordem no local. A rendição da guarda, além de simbólica, reflete a excelência operacional da Marinha em funções protocolares e de segurança patrimonial.

Essa nova missão demanda disciplina e precisão, pois o MNMSGM é um espaço de visitação pública, cultural e cívica. Os militares designados para a guarda são treinados para combinar a postura militar com a receptividade institucional, zelando por um local que representa o sacrifício de 466 brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial.

Memória, identidade e o papel das Forças Armadas na preservação histórica

Mais que um gesto operacional, a assunção da guarda do monumento é um compromisso com a memória nacional. O local abriga os restos mortais de combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e da Marinha de Guerra, que deram suas vidas na campanha da Itália e nos combates no Atlântico Sul. O monumento, idealizado pelo Marechal Mascarenhas de Moraes, é um dos símbolos mais importantes da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

A presença da Marinha fortalece a narrativa da contribuição naval à vitória aliada, muitas vezes ofuscada pela visibilidade terrestre da FEB. Marinheiros enfrentaram U-boots, escoltaram comboios e defenderam rotas estratégicas — ações que custaram vidas e merecem igual reverência. Com essa nova fase, as Forças Armadas reafirmam seu papel na educação cívica e histórica, promovendo a valorização dos heróis que lutaram pela liberdade.

Um novo ciclo no Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial

A cerimônia do dia 3 de junho marca não apenas uma mudança de uniforme na guarda do monumento, mas o início de um novo ciclo de cuidado institucional com a memória nacional. A Marinha, ao assumir essa missão, amplia sua atuação na preservação do patrimônio militar, recebendo turistas, estudantes e autoridades em um espaço de contemplação e aprendizado histórico.

O Monumento se reafirma como local de homenagem e de ensino, onde o passado é evocado não apenas pelas inscrições nas paredes, mas também pela presença solene dos guardiões de hoje. Ao entregar a missão aos Fuzileiros Navais, o Exército passa a tocha da reverência, enquanto a Marinha a carrega com honra, firmeza e espírito de continuidade.

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