Exército Brasileiro observa operações aeroterrestres na Turquia

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Sob o céu de Kayseri, na Turquia, militares do Exército Brasileiro acompanharam de perto as complexas manobras do Exercício Multinacional ERCIYES 2025. Em um cenário que simulava ações contra atores não estatais em operações de paz, a participação brasileira como observadora reforça o compromisso do país com a interoperabilidade militar e a atuação conjunta com nações parceiras em missões internacionais.
Capacidades técnicas e interoperabilidade nas operações aeroterrestres
Durante os dias de exercício, os militares brasileiros observaram em campo o alto nível de coordenação entre as tropas envolvidas na operação aeroterrestre. A ação foi liderada pela 1st Commando Brigade das Forças Terrestres da Turquia, com participação ativa de frações do Exército da Espanha, Bangladesh, Paquistão, Azerbaijão e Geórgia. A inserção de tropas foi realizada por quatro aeronaves C-130 Hercules em uma única passagem, demonstrando precisão e eficiência na projeção de força aeroterrestre.
A interoperabilidade ficou evidente na aplicação coordenada das Funções de Combate — movimento e manobra, fogos, inteligência, logística e proteção — em um ambiente combinado e conjunto. A participação dos observadores brasileiros permitiu avaliar o nível de sinergia entre as nações presentes e estudar a integração de armamentos, comunicações e procedimentos operacionais padronizados (SOPs), fundamentais para a eficácia em missões internacionais.
Importância diplomática e militar da participação brasileira
A inserção do Comando de Operações Terrestres (COTER) e da Brigada de Infantaria Pára-quedista como observadores no ERCIYES 2025 transcende o campo técnico. No plano estratégico, demonstra o alinhamento do Brasil com os esforços multilaterais de segurança e paz global, além de ampliar a visibilidade da doutrina militar brasileira diante de parceiros-chave como Itália, Emirados Árabes Unidos, Finlândia e Arábia Saudita.
Esse tipo de participação reafirma o compromisso do Brasil com a cooperação internacional em Defesa, reforçando sua presença em fóruns e alianças que priorizam a capacitação conjunta, resposta rápida e preparo para crises globais. Além disso, fortalece a diplomacia militar como ferramenta de inserção geoestratégica do país no século XXI.
O ERCIYES como laboratório de guerra moderna e ajuda humanitária
O cenário do exercício foi cuidadosamente montado para simular um ambiente de guerra moderna: ações contra grupos terroristas, infiltrações em terreno hostil, controle de campo de refugiados, operações de ajuda humanitária com agências governamentais e lançamento aéreo de suprimentos. Essa configuração permitiu testar, em tempo real, táticas adaptadas à natureza híbrida dos conflitos contemporâneos.
A demonstração incluiu desde saltos livres até emprego de helicópteros para transporte de obuseiros, operações com cães de guerra, reconhecimento DQBRN (Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear), além da exibição de tecnologias nacionais em armamentos e paraquedismo. O ERCIYES 2025 revelou-se, assim, uma vitrine para o desenvolvimento e intercâmbio de capacidades entre exércitos de diferentes culturas e doutrinas.
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